Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Ministro do dedo do meio não é mais meu vizinho. Ufa! Já é alguma coisa



Obviamente, contrair COVID-19 não é nada bom. Ao menos para quem preza a vida e raciocina com mais de dois neurônios. Mas uma vez doente, estar vacinado (com qualquer vacina!!), ter acesso a médicos e hospitais de ponta e passar os dias de isolamento em um hotel 5 estrelas de Nova York, ajuda muito. É o caso do atual Ministro-Capacho da Saúde, Marcelo Queiroga, aquele que mostrou os dedos do meio para os brasileiros.



O doutor negacionista e cúmplice da política homicida do verdugo do Planalto mudou de endereço – graças a Deus! Saiu do Intercontinental, que nos custava 6 mil reais por dia, fora os comes e bebes, e se mandou para um hotel mais barato (não divulgaram qual). Ainda assim, economizando-nos uma bela grana, o Pazuello de estetoscópio continuará tendo a seu dispor o que ínfima parte dos 600 mil mortos por coronavírus tiveram no país.

Eu contraí essa maldita doença em novembro do ano passado. ‘Curti’ meus dias de medo e ansiedade, com todo conforto e assistência típicos de quem faz parte das classes privilegiadas de um país pobre como o Brasil: casa, comida, termômetro, oxímetro, quarto isolado, médico de ponta e o melhor hospital do país se precisasse. Para minha sorte, ‘minha’ COVID foi leve e não precisei de maiores cuidados. Sabem quem pagou tudo isso? Eu. Mais ninguém.

Já o doutor que nos custa uma fortuna – e vidas!! – e nos retribui com os dedos, até quinta-feira (23), espetava suas despesas no nosso lombo. Diz-se que a partir dessa sexta-feira (24) os custos (estadia, alimentação, tratamento, etc) não mais correrão por conta do otário aqui; a ver. Queiroz, ops!, Queiroga – Queiroz é o miliciano que abasteceu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais em cheques – continuará em Nova York por mais 10 dias.

Eu moro a dois quarteirões do ex-hotel da comitiva presidencial pestilenta. A simples presença dos, literalmente contagiantes, convivas do devoto da cloroquina, infernizou o trânsito local e trouxe à minha porta uma dúzia de malucos – contra e a favor – que passavam os dias espremidos atrás de cercas de segurança. Essa bagunça durou até a partida do Dr. Cloroquina. Já na noite dessa sexta-feira, tudo como dantes: ar limpo e ambiente saudável. Bye, bye, Queirozga! Parta para nunca mais voltar. E leve seus dedos infames para bem longe daqui.  




audima