Com a desculpa de sancionar a liberação de recursos para o metrô de BH, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, realizou mais um ato de campanha eleitoral - disfarçado de viagem oficial. Ah! Anunciou também a criação do Centro Nacional de Vacinas - aquele troço que ele não toma, não acredita e faz campanha contra.
Em Belo Horizonte, o devoto da cloroquina cumprimentou com chapéu alheio, pois a verba de quase R$ 3 bilhões para o 'metrô
que nunca sai do papel' foi obra da bancada mineira no Congresso Nacional e do empenho pessoal do governador Romeu Zema - aliás: que vergonha, hein, Chico Bento? Permitir se fotografar com uma criança carregando um fuzil de brinquedo!!
Curiosamente - mas nem tanto! - o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, não esteve presente ao convescote eleitoral. Desafeto político de
Zema (com quem irá disputar o Governo de Minas em 2022) e do próprio Bolsonaro
(nem Kalil sendo 'o Kalil' é capaz de suportar o maníaco do 'tratamento precoce'), o chefe do executivo da capital se livrou de passar vergonha, ou melhor, de
ajudar a corromper criança
. Mas é outra prova do uso eleitoreiro da cerimônia, já que é BH a beneficiada.
Corruptor de menores
Jair Bolsonaro, o amigão do Queiroz - o miliciano que entupiu a conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais em cheques - colocou sobre os ombros uma criança fantasiada de militar, carregando um fuzil de brinquedo. A cena é uma das coisas mais imorais e degradantes que já vi na história política do Brasil, e sabemos que a concorrência nesse quesito é forte. Me pergunto se ainda existe o tal do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e se ainda existe o MP (Ministério Público) responsável por Infância e Juventude?
Sinceramente, não sei quem - e o quê - é pior: se os pais da criança; se Romeu Zema; se o Judiciário; se os que sorriem ao lado de cenas assim; ou se o próprio sociopata golpista homicida. Só sei que as raízes ideológicas e morais, ainda que distantes, entre a figura monstruosa que ilustra a foto acima e o cretino que ocupa a Presidência da República no Brasil, são profundamente parecidas na origem. E se alguém acha exagero meu, que procure bater um papo com um bom psicólogo.
Meses atrás, ao promover mais uma arruaça disseminando o coronavírus, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de R$ 14 milhões, comprada por 'apenas' 6 milhões (ahã), segurou uma garotinha no colo, retirou a máscara dela - obviamente, ele também não usava uma - e ensinou a garotinha a fazer sinal de armas com as mãos. Ou seja, tornou-se prática corromper a inocência e a pureza de uma criança. Tornou-se normal levar violência e morte para o mundo infantil.
Por fim, que não me venham os babacas falar em 'direito de defesa do cidadão de bem', pois sou amplamente a favor do porte de armas para esse propósito. Só que nenhum 'cidadão de bem' que conheço se defende com rifles. Esse tipo de arma é utilizado apenas por forças policiais. Ah, é claro! Por milicianos também. Deu para entender ou preciso desenhar?