É estupefaciente que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, ainda seja presidente da República - ao menos oficialmente. ‘Nunca antes na história desse País’, como dizia aquele conhecido corrupto e líder de quadrilha, um Chefe de Estado fez tanto por merecer o impeachment.
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O poder de ter uma equipe feliz e engajadaMulheres na tecnologiaTurismo de experiência: tendência pós-pandemiaPandora Papers: Paulo Guedes aumenta impostos que 'foge' para não pagarCom 19 milhões passando fome, Bolsonaro segue sem agenda para o PaísFernando Collor, o novo amigo de fé e irmão camarada do devoto da cloroquina, foi pro saco por causa de um Fiat Elba - algo como um Fiat Uno 90 nos dias de hoje. Já a Dona Doida, Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, sucumbiu justamente por ser Dilma Rousseff, coitada.
Bolsonaro, porém, a despeito das rachadinhas e das mansões; da cloroquina e da falta de vacinas; da inflação e do desemprego; dos 1.000% e dos atos golpistas, e de motociatas, aglomerações, ameaças, queimadas, ONU, enfim, dos milhares de motivos, mantém-se no cargo.
CONGRESSO
O fiel da balança sempre foi o Congresso Nacional, notadamente o presidente da Câmara, responsável por ‘fazer andar’ qualquer pedido de impeachment. Uma vez contrariado, o todo-poderoso atira o inquilino do Planalto aos leões, que, famintos, ou devoram a presa ou a descartam.
Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce, ainda serve de ração para estes leões. Principalmente a raça centrão, que costuma roer até o último osso antes de abandonar a carcaça. Apenas por isso continua a desgovernar e a destruir o País, além de ajudar a matar 600 mil pessoas.
Não estivessem Arthur Lira, presidente da Câmara, e centenas de cúmplices, que se dizem deputados (são meros abutres), entupindo os bolsos de dinheiro público, o amigão do Queiroz já estaria mais morto - e enterrado! - que o poder de compra dos brasucas pobres e desempregados.
MICHEQUES
A primeira-dama Michelle Bolsonaro ficou conhecida popularmente por ‘Micheque’ após vir à tona uma série de cheques, totalizando 90 mil reais, emitidos pelo casal miliciano - e operador da família Bolsonaro - Fabrício e Márcia Queiroz, depositados em sua conta bancária.
Eram tempos difíceis aqueles, já que Bolsonaro era um relés deputado do baixíssimo clero da Câmara, e só conseguia acesso a funcionários fantasmas e rachadinhas. Porém, como quem batalha sempre alcança, o peculatário se tornou presidente, e agora o sarrafo subiu de patamar.
Reportagem da revista digital Crusoé, publicada nesta sexta-feira (1/10), mostrou que a ‘nossa’ primeira-dama deixou de lado o passado de receptora de cheques de milicianos, para exercer advocacia administrativa - atividade, em tese, criminosa - em favor de amigos interessados em empréstimos na Caixa.
IMPEACHMENT
É de tal sorte escandaloso esse caso, que não basta apenas investigação e punição. Aliás, não é a primeira vez na família. O senador das rachadinhas e da mansão de 14 milhões de reais, comprada por apenas 6 milhões (ahã), conseguiu empréstimo subsidiado em um banco estatal também.
Então, ficamos assim: ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, pai, filhos e esposa jactam-se, ao fastio, de dinheiro público, em favor próprio ou de terceiros, e vida que segue, sem impeachment ou punição, graças aos amigos do Congresso Nacional e do - e aí, golpistas? - STF.
O Brasil está completamente destruído e à mercê dos piores políticos e governantes que já tomaram de assalto o poder em toda a nossa triste história. Mais um ano e meio disso tudo enterrará de vez o pouco que sobrou do País. Não há nada que seja pior do que não impedir essa corja imediatamente.