Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Mérito Científico: Bolsonaro concede a si mesmo medalha por 600 mil mortos



De fato, ajudar um vírus a dizimar mais de 610 mil vidas não é tarefa para qualquer um, não. E Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, sabe muito bem disso. Afinal, com extremo afinco e incansável espírito homicida, foi o responsável direto e maior, dentro do governo federal, por sermos o segundo país do mundo com mais mortos por COVID-19 e o terceiro com mais casos confirmados desta maldita doença que insiste em não terminar.



- Leia: Bolsonaro concede a si mesmo medalha de Mérito Científico

Proporcionalmente em relação à população, o Brasil é o oitavo em óbitos, o vigésimo-oitavo em casos e o quinquagésimo-nono em doses de vacinas administradas, sendo o sexto país mais populoso da Terra. Atenção! O País tem 2,7% da população mundial, mas tem 9,1% de todos os casos confirmados e espantosos 12,4% de todas as vítimas fatais. Tudo isso graças ao grandioso e ininterrupto trabalho do ‘mercador da morte’.

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MÉRITO HOMICIDA

Jair Bolsonaro, o amigão do Queiroz, deveria ser condecorado - não por si próprio, mas pelo mundo - por sua capacidade ímpar em liderar milhões de brasileiros rumo a uma ‘roleta-russa’, onde se aglomerar, não usar máscara e não se vacinar, equivale a carregar o tambor com três balas de coronavírus, prontas a penetrar as vias aéreas dos idiotas que ainda insistem em seguir o 'Jim Jones' brasileiro.   

Não bastasse recomendar cloroquina até para emas e ivermectina para seu ‘gado’ - aí com certa razão, hehe, já que vermífugo para vacas, como bem definiu o CDC (Center for Disease Control and Prevention) dos EUA - o virulento potencial tosse e espirra em meio ao público, e em seguida cumprimenta, com a mão toda melada e infectada, homens, mulheres, crianças e idosos, ‘sem medo de ser feliz’, como diria aquele outro. 

GRÃO-MESTRE DA MENTIRA

Bolsonaro deveria também ser proclamado Grão-mestre da Mentira. Mitômano incorrigível, o negacionista psicopata já disse que as vacinas causam invalidez e mortes, além de provocar suicídios. Porém, como ‘nunca nada é o bastante’, o patriarca do Clã das Rachadinhas e das Mansões Milionárias recentemente declarou que ‘pessoas vacinadas com duas doses estão contraindo AIDS antes do previsto’, seja lá o que isso signifique.





Aliás, o maníaco do tratamento precoce é tão mentiroso, mas tão mentiroso, que até atribuir à vacina casos raríssimos de doenças autoimunes, como o da adolescente que morreu em São Bernardo do Campo, terra daquele outro meliante, ele já foi capaz - e ainda por cima ordenou a suspensão da vacinação, colocando em risco a vida de dezenas de milhões de crianças e adolescentes por todo o Brasil -, não obedecida pelos estados.

MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA

Quem já passou dos 40 anos há de se lembrar de um desenho animado genial, Esquadrilha Abutre, em que um cachorro cínico, oportunista e insensível - no caso, qualquer semelhança não é mera coincidência - chamado Muttley, vivia a pedir medalha para seu dono, um tal Dick Vigarista (olha a não-coincidência aí outra vez!). Pois é. Não foi a primeira vez - e provavelmente não será a última -, que os Bolsonaros se refestelam nas auto honrarias.

Dias atrás, nosso Dick Vigarista condecorou o filho Flávio - senador recordista em venda de panetones de chocolate, sempre em dinheiro vivo, fora da Páscoa. Antes, já havia agraciado a esposa Michelle - receptora de 90 mil reais em cheques de um casal ligado à milícia. Não sei se Dudu Bananinha e Carluxo já receberam medalhas. Nem aquele outro filho, parecido com canastrão de filme mexicano. Ainda assim, tudo indica, muito mais do que mortos Bolsonaro irá colecionar, para si e os seus, medalhas de honra. Qual? Bem, noção de honra, cada um tem a sua.




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