Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, ilusionista de gado e arregão de primeira passou meses pregando aos fiéis o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal), até que viu o impeachment se aproximar e a porta de uma cela se abrir.
Ato contínuo, enfiou o rabinho entre as pernas e pediu penico em carta humilhante ao ministro Alexandre de Moraes, colega de tribunal dos ‘anjos da guarda’ da família na Suprema Corte, a saber, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Kássio Nunes.
Mendes, para quem não sabe, é companheiro de futebol com pizza nas tardes de BSB. Toffoli é o BFF (Best Friend Forever), com quem o devoto da cloroquina troca abraços apertados. E Kássio, bem, Kássio é Kássio, o ungido pelo mito à Casa.
VIDA MANSA NA CAPITAL FEDERAL
anulou todas as decisões da Justiça fluminense no caso do ‘quadrilhão’ do senador da rachadinhas, inclusive as provas coletadas.
No mês de outubro passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu uma de STF - nos processos do meliante de São Bernardo - eAgora é a vez do Supremo, que adia há 16 meses o julgamento que dirá em qual instância poderão tramitar as investigações sobre Flavinho Wonka Bolsonaro. O presidente da Segunda Turma e o relator da ação são os responsáveis por pautar o julgamento.
Então. Quer rir ou chorar, caro leitor? Pois os ministros que ocupam tais funções são, respectivamente, Kássio Nunes e Gilmar Mendes, hehe. Enquanto Brasília decide não decidir, ou decidir tudo o que seu mestre mandar, a prescrição corre solta nos processos.
JUSTIÇA ALGUMA OU JUSTIÇA SELETIVA
É simplesmente insuportável, asqueroso e desolador um país em que ou não há Justiça ou há Justiça seletiva. Segundo o ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallagnol, em 97% dos casos de corrupção descobertos ninguém é condenado.
Ou seja, apenas 3% dos criminosos de colarinho branco são trancafiados, e sabemos que suas penas são leves e cumpridas ou em casa ou em suítes confortáveis, como a que hospedou o ex-tudo (ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro e ex-presidente) Lula da Silva.
Por falar no pai do Ronaldinho dos Negócios, Jair Bolsonaro, o amigo do Queiroz - miliciano que entupiu a conta da primeira-dama com 90 mil reais em ‘micheques’ - e minions sempre dizem, em defesa, ‘e o Lula?’, como se a sujeira do roto limpasse a do mal lavado.
Pois é. Melhor seria se todos - Lula e Bolsonaro; bolsominions e petralhas - ao invés de lembrarem uns aos outros quem são e o que fizeram nos verões passados, dissessem ‘e o Judiciário?´ e se lembrassem, aí, sim, de quem transforma o Brasil nessa pocilga toda.