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Estado de Minas OPINÃO SEM MEDO

Presidente da Anvisa 'bota na mesa' e Bolsonaro, como sempre, se acovarda

Reproduzo a carta do Almirante Barra Torres, endereçada ao gatinho que se imagina leão, e comento cada trecho


09/01/2022 07:33 - atualizado 09/01/2022 07:52

Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa
Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


‘Senhor Presidente, como Oficial General da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos’. 

Já Bolsonaro, há trinta e tantos anos, apenas se serve do País.

‘Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra’.

O amigão do Queiroz, por sua vez, pautou e pauta sua vida na esbórnia e desonra. 

Leia: Presidente da Anvisa desafia Bolsonaro a apresentar provas de corrupção

‘Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário’.

O devoto da cloroquina tem tantas famílias que fica difícil comparar.

‘Como médico, Senhor Presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente’. 

E daí? Deixe de mimimi. Deixe de ser maricas. Parece até que é coveiro, pô. Vai ficar chorando até quando? Todo mundo morre um dia.

‘Como cristão, Senhor Presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho’.

Segundo levantamento de um site brasileiro, apenas em 2021, Bolsonaro mentiu sete vezes por dia. Falso testemunho para este mitômano é brincadeira de jardim de infância.

‘Vou morrer sem conhecer riqueza, Senhor Presidente. Mas vou morrer digno’. 

Eita! O patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias conhece bem o caminho da riqueza. Já o caminho da dignidade, nem de ouvir falar, hehe.

‘Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter’.

Pois é. O marido da receptora de cheques de milicianos jamais poderá dizer o mesmo, né? Principalmente porque ‘valores morais’ passaram longe dos olhos do maldito.

‘Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente’.

Dispõe nada, Almirante! É que este cretino é useiro e vezeiro de mentir, de acusar sem provas. Sabe que nada lhe acontece, por isso continua difamando tudo e todos. É um vagabundo.  

‘Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar’.

O cara não determinou investigação nem sobre superfaturamento de 1000% de vacinas, fato que conhecia de cor e salteado, imagine se irá determinar investigação sobre suas invencionices.

‘Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate’.

Deus? Quem devota Deus não prefere um filho morto a um filho gay. Não deseja exterminar rivais políticos. Não prega assassinato de índios. Não compara negros a animais de corte. Deus na boca de Bolsonaro é igual pum em seu bucho. Só serve como desculpa.
 
‘Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente’.

Errado, senhor. Seu inimigo é o coronavírus, cujo maior sócio é Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. E a guerra dele é contra a saúde dos brasileiros.

‘Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário’.

Não há como diminuir uma formiga moral. Um nano cretino. Um micro asqueroso.

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