Não creio que Sergio Moro tenha chances reais de ser presidente da República. Nem sequer, na minha opinião, reúne condições para tanto, ainda que, se comparando com os atuais favoritos, é absolutamente melhor. Inclusive, pairam dúvidas se realmente levará adiante a candidatura, podendo trocá-la pelo Senado Federal ou até mesmo por uma vaga no Congresso Nacional. A ver os próximos meses.
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Nessa fase de pré-campanha, os ânimos começam a esquentar, e qualquer movimento em falso - ou positivo - pode determinar o futuro de um candidato. Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, jamais desceu do palanque desde que assumiu. Até porque, convenhamos, não sabe fazer outra coisa na vida senão campanha política - sim, é verdade, sabe contratar funcionários fantasmas e ‘rachar’ seus salários.
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A chamada terceira via, ao menos até o momento, não passa de um sonho de quem não quer ver na Presidência do país nem um líder de quadrilha nem um psicopata homicida. Eleitoralmente falando, contudo, é só isso mesmo: um sonho. Sergio Moro, o candidato a assumir esse papel, não consegue furar a bolha dos bolsonaristas e lulistas, tampouco crescer significativamente dentre os ‘nem-nem’ (nem Lula nem Bolsonaro)
Para tanto, o candidato tem partido para o ataque e feito duras declarações contra os favoritos. Ora atira na fuça do bolsonarismo quem e o que de fato é Jair Bolsonaro, ora relembra ao País quem e o que de fato é, igualmente, Lula da Silva. Para isso, serve-se à vontade do cardápio de opções a seu dispor, já que um e outro são pratos cheios de melecas, nem tão varridas assim para sob o tapete.
O último movimento de Moro foi desafiar o bandoleiro petista a debater o mensalão e o petrolão, já que o chefão do bando continua a mentir que foi inocentado pelos amigos do STF - Supremo Tribunal Federal, e que, em verdade, o ex-juiz é que seria o criminoso nessa história toda, como se todas as provas, condenações em diversas instâncias, testemunhas e os bilhões de reais recuperados fossem mera ilusão.
Por óbvio, o capo dos quadrilheiros não irá topar. Como não toparia o capo do clã das rachadinhas. Gente assim só é valente em ambientes controlados. Mas caso Moro leve a candidatura adiante, Lula não conseguirá escapar de seu pesadelo, bem como Bolsonaro terá de confrontar quem conhece seus bastidores. Salvo, claro, uma internação hospitalar providencial apareça. Seria engraçado ver Lula e Bolsonaro tomando uma sopinha quente em um leito de hospital mais fake do que eles próprios.