Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Bolsonaro é burro e selvagem, diz Barroso, do STF, usando outras palavras



Ao que tudo indica, infelizmente, o miserável destino que eternamente nos abriga, ou seja, um país pobre, imoral, dominado por ladrões (em todos os Poderes e esferas da vida pública e privada), e que insistimos em não abandonar, terá mais um capítulo a partir de janeiro de 2023, quando seremos novamente governados por um chefe de quadrilha e todo o maldito bando que o cerca, rumo a um novo capítulo de destruição institucional e mais um pouco subdesenvolvimento na veia.



Leia: Vídeo de Bolsonaro após cirurgia me emociona e irei votar no mito; SQN

Sim, me refiro, por óbvio, a Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, e o conjunto de sua obra, fartamente retratada, provada e comprovada pela história recente do Brasil. Foi ele, o ex-presidiário, o responsável pelo desmanche econômico (endividamento e insolvência dos mais pobres; desemprego recorde; triênio de recessão etc.) dos governos Dilma Rousseff, a poste do apocalipse. E foi ele, indiscutível e indubitavelmente, o líder do bando do maior assalto a um país que se tem notícia no ocidente democrático.

Graças a Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e os desastres sanitário, institucional, social e financeiro que representa, sem contar a podridão de espírito que define o bolsonarismo, a cleptocracia lulopetista, ao que tudo indica, retomará as rédeas do burro de carga - leia-se: Brasil - e fará dele o que quiser. Um político mofado e decadente e um partido alijado do poder dos principais centros urbanos foram ressuscitados, com requintes de crueldade, das catacumbas do ostracismo pelo bolsonarismo abjeto.

O STF (Supremo Tribunal Federal), por certo, deu uma contribuição inestimável, que ficará marcada como um dos capítulos mais infames de nossa miserável história. E um de seus ministros, em entrevista ao jornal O Globo, em que pese tudo o que sabemos sobre seus feitos jurídicos, resumiu o atual ocupante do Planalto com exímias assertividade e perfeição: ‘...tudo isso eu acho que mais revela limitações cognitivas e baixa civilidade do que propriamente um risco real’ (Barroso, sobre Bolsonaro).



O ministro se referia às tentativas mambembes e frustradas de golpe de Estado, ocorridas de forma mais clara em setembro de 2021: ‘comício do presidente na porta do quartel-general do Exército, tanques na Praça dos Três Poderes, a minguada manifestação do 7 de setembro com discursos golpistas de desrespeito a decisões judiciais e ataques a ministros". Em outras palavras, Barroso chamou Bolsonaro de burro (limitado cognitivamente) e selvagem (baixa civilidade).

E foi adiante, sobre as novas declarações golpistas do amigão do Queiroz: ‘o presidente tinha dado a palavra de que esse assunto (urna eletrônica) estava encerrado. Chegou a elogiar o sistema de votação eletrônico brasileiro. O filme é repetido, com um mau roteiro. Não há nenhuma razão para assistir à reprise. Antes, o presidente dizia que tinha provas de fraude. Intimado a apresentá-las, (ficou claro que) não havia coisa alguma. Essa é uma retórica repetida. É apenas um discurso vazio’.

Tais ‘elogios’ ocorrem em meio à uma nova escalada antidemocrática do patriarca do clã das rachadinhas, mansões milionárias e panetones de chocolate. A iminente sova eleitoral que se avizinha faz com que o devoto da cloroquina e sua gente ordinária invistam em uma ‘saída’, uma lorota qualquer, que permita a renúncia antecipada das eleições (desistência) ou mesmo uma desculpa esfarrapada para a derrota vexatória (provavelmente em primeiro turno) para o Pai do Ronaldinho dos Negócios.

Barroso foi perfeito; cirúrgico! Bolsonaro é um burro selvagem. E é apenas por isso que teremos o lulopetismo no Poder outra vez. Quando os bolsopatas dizem que os culpados pela volta do PT são aqueles que não votam nem no maníaco do tratamento precoce nem no sapo barbudo, estão fingindo não saber quem é o verdadeiro culpado por esse novo desastre. Até porque, do contrário, seria como atirar no próprio pé. Ou melhor, atirar na própria pata. Ruminantes, aliás, têm quatro delas.