Dias atrás, quando mandou o goleiro Fábio de Costas procurar seus direitos, Ronaldo Fenômeno ouviu da torcida: ‘Ronaldo, gordão, vem dar satisfação’. Começava mal a relação entre o investidor capitalista e os combalidos endividados.
O Cruzeiro Esporte Clube (CEC) carrega mais de 1 bilhão de reais em papagaios, que, ao menos em tese, serão espetados no lombo do ex-atacante cruzeirense, assim que o moço confirmar a aquisição da monumental ‘massa falida’ azul celeste.
Por isso, foi de certa forma cruel o comportamento arrogante dos ‘cheios de vaidade’, afinal de contas, ninguém ali meterá a mão no bolso para salvar o amado clube insolvente. Ronaldo pode - e deve! - mandar plantar batatas quem ele quiser, ora bolas.
Curioso, contudo, foi saber que o mesmo Fenômeno, que promete pagar as dívidas do clube, deve pensão alimentícia a um filho que foi obrigado a assumir, após uma ação judicial de reconhecimento de paternidade. Que feio, Ronaldo.
A mãe do rapaz, segundo noticiado pela imprensa esportiva nacional, já pediu, inclusive, a prisão do ‘papis-caloteiro’. O valor da dívida com o jovem de 16 anos é desconhecido, mas não deve ser nada para quem assumirá mais de uma bilha, não é verdade?
Sinceramente, eu não sei o que é pior: não reconhecer um filho ou não pagar pensão. Mas a imagem negativa de Ronaldo, hoje, se confunde com a do CSA-MG. Ambos, definitivamente, não passam por um bom momento nas gloriosas histórias.
O Cruzeiro novo - favor não confundir com Cruzado novo - precisa de credibilidade, e justamente o Fenômeno deveria ser capaz de fornecer tal matéria-prima, hoje tão escassa. Porém, ao frequentar as ‘páginas policiais’, contribui de forma absolutamente oposta.
Como é mesmo? Ronaldo, gordão, vem dar satisfação! Ou melhor: Ronaldo, gordão, pague a pensão! É justo, e é o que também o Cruzeiro precisa: um pouco de paz e muito respeito.