Augusto Aras, como todos nós sabemos, é o atual Procurador-Geral da República (que não procura nada e muito menos encontra alguma coisa, hehe), nomeado por Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, contrariando, inclusive, muito bolsominion por aí.
Aras era umbilicalmente ligado ao PT - ou é ainda, sei lá. Apenas isso, houvesse um pingo de honestidade intelectual e coerência nas palavras e condutas do amigão do Queiroz, já seria suficiente para Bolsonaro jamais pensar em indicá-lo à PGR.
Desde que assumiu, Dr. Augusto coleciona uma série de feitos, digamos, pró-Bolsonaro. Por exemplo: extinguiu a Operação Lava Jato e jamais encontrou qualquer motivo, a despeito de todos os fatos e denúncias, para indiciar o presidente da República.
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), indignado com a conduta do procurador - com toda e devida razão -, atacou o indicado por Bolsonaro e declarou que o mesmo ‘mentiu e prevaricou’. Imediatamente, eis que alguém sai em defesa firme de Aras. Quem?
Flávio Bolsonaro! Ele mesmo. O senador das rachadinhas (assumidas e confessadas por seu operador e amigo de décadas de seu pai, Fabrício Queiroz, o miliciano que entupiu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais em cheques).
Ah! Flávio Bolsonaro é também o recordista mundial de venda de panetones de chocolate, sempre em dinheiro vivo, inclusive fora de época, e um dos maiores gênios do mercado imobiliário - consegue comprar mansões pela metade do preço de avaliação.
Pois bem. O bolsokid comunicou que irá entrar com uma representação contra o senador Randolfe, no Conselho de Ética do Senado Federal. Flávio, vejam só, afirma que seu colega de Casa foi ‘nefasto e baixo’ e atacou a honra do PGR indicado pelo papai.
Então, ficamos assim. A PF e a CPI veem crimes na conduta de Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce. Augusto Aras não concorda e arquiva estas e todas as demais denúncias já apresentadas. Mas não só: tece comentários infames a respeito.
Em seguida, um senador da República, coincidentemente o filho do presidente denunciado, e enrolado até às tampas com a Justiça, sai em seu socorro (de Aras). Tudo, obviamente, em nome da legalidade, impessoalidade e moralidade, princípios da administração pública tão respeitados pelos Bolsonaros e seus apadrinhados políticos.