A madrugada de 24 de fevereiro de 2022, inacreditavelmente em pleno século 21, foi palco para o início de mais uma carnificina humana, a partir da ordem de invasão da Ucrânia, pela Rússia, notadamente pela sanha do proto ditador, assassino e covarde, Vladimir Putin, uma das figuras mais sórdidas e asquerosas da nossa época.
Como cão selvagem - ou uma espécie de macho-alfa de um bando de lobos sanguinários - que ataca e devora por mera demarcação de território, o novo amigo de fé, irmão camarada do amigão do Queiroz ordenou a ocupação imediata de parte do território ucraniano, custe isso quantas vidas inocentes tiver de custar.
Do conforto e segurança de seu bunker, assim como manda torturar opositores políticos e assassinar jornalistas estrangeiros, Putin irá despedaçar a Ucrânia, fragmentando-a em pedaços, já que, declaradamente, assumiu não reconhecer o direito à soberania daquele Estado, nem muito menos à autodeterminação de seu povo.
É este ser imundo, cruel, repudiado por praticamente todo o mundo democrático ocidental que recebeu, há cerca de uma semana, a visita de Jair Bolsonaro, o patriarca do clã das rachadinhas, dos panetones e das mansões, em Moscou, e ouviu dele, para a incredulidade mundial, palavras de apoio, amizade e, pasmem!, solidariedade.
Em meio a 640 mil mortes por COVID-19, nos acostumamos miseravelmente a aceitar ouvir do mandatário maior da nação frases, como: 'e daí? Não sou coveiro. Se morrer, morreu. Deixem de ser maricas. Vão chorar até quando? Todo mundo morrerá um dia'. Pois é. Fico imaginando Vladimir Putin, do seu castelinho mórbido, pensando as mesmas coisas.
Para o maldito imperialista russo, pouco importará a vida de crianças e idosos; dos pais e filhos dos outros. Putin, como Bolsonaro, é movido por uma clara pulsão de morte, além de ser completamente desprovido de empatia e respeito pela vida humana. Talvez, daí, o irrefreável desejo do Messias, a despeito dos conselhos contrários, em ter com o tirano.
Ontem, durante uma cerimônia inútil qualquer, o devoto da cloroquina trajava uma gravata estampada com pequenas metralhadoras amarelas. Aliás, quem não se lembra da cena grotesca, em que usou uma criança, armada com fuzil de brinquedo, para fazer proselitismo armamentista? E ainda tem coragem de se declarar cristão, meu Deus!
Eis uma das inúmeras provas da pulsão de morte a que me refiro. Suas palavras sempre caminham no sentido da destruição, do aniquilamento e do extermínio. E seus gestos, também. Por isso, quando declarou solidariedade ao carrasco russo, não descartei a possibilidade de, ainda que inconscientemente, querer dizer: 'isso mesmo! Vá em frente'.
Ou o maníaco do tratamento precoce vem a público e repudia de forma clara e veemente o ataque russo à Ucrânia, e chama seu novo brodinho, Vladimir Putin, do nome que merece, assassino!, e se une ao mundo nas sanções econômicas, ou sua 'solidariedade' restará clara e explícita, e será considerado cúmplice moral de todo este inaceitável terror.
Além, é claro, de isolar definitivamente o Brasil da comunidade econômica internacional.