Mais uma eleição e os favoritos, para não variar, são velhos-velhacos políticos, com velhas ideias, velhos péssimos hábitos e costumes, e sem qualquer vontade ou plano reformista para a economia, a administração pública, o comércio exterior, enfim, para o País.
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Ambos divertem a patuleia em disputas ideológicas do tipo: legalização do aborto, controle da imprensa, contra-reforma trabalhista, defesa ou ataque da ditadura militar, privatização ou estatização de empresas, sobretudo a Petrobras, e outras distrações.
Nenhum dos dois faz a mínima ideia do que precisamos de fato, ou melhor, nenhum dos dois tem o menor interesse nisso, já que basta cativar seus grupos - na disputa pelo eleitor nem-nem, fazer um aceno aqui, outro acolá - e torcer para engabelar o trouxa outra vez.
O líder do mensalão e do petrolão, bem como o amigão do Queiroz, não pretende reformar, quem sabe reformular, a administração pública, o arcabouço tributário, a burocracia infernal, o sistema eleitoral, nada. Para ambos, tudo está muito bem, obrigado.
Os dois principais candidatos são idosos na idade e na vulgaridade; não têm preparo intelectual nem refino cultural; são, cada um a seu modo, corruptos, fisiologistas e atrasados; e gozam, um mais que o outro, de enorme rejeição popular. São péssimos!
Pertencem ao tripé do subdesenvolvimento: corrupção, estatismo e populismo - tripé este que domina o País há décadas, senão séculos, e que produziu um sistema inquebrável de servidão, da iniciativa privada, principalmente dos pobres, ao Poder Público.
A cada eleição se fala muito em mudança, mas eu pergunto: como mudar se o eleitor não muda? Como mudar se o eleitor fecha os olhos para o novo e sempre opta pelo velho? Como mudar se a própria sociedade não dá a menor chance para a mudança?
Vença Lula ou Bolsonaro, a certeza da desgraça é total. No máximo, um será um pouco menos pior do que o outro, e olhe lá. Serão mais quatro anos atirados no lixo. O Brasil, nas últimas três décadas, não saiu do lugar. Fizemos por merecer.