Diante das dificuldades - que não são poucas, hein!! - de se jogar na altitude, e em se tratando de Libertadores da América, o empate fora de casa foi um bom resultado para o Galo, principalmente pela tabela favorável que tem pela frente, com os três jogos finais sendo disputados em Belo Horizonte.
Porém, é forçoso reconhecer que o Atlético fez mais uma partida irregular, com um bom primeiro tempo, mas uma péssima etapa final, algo que vem se repetindo com incômoda frequência este ano, ao contrário do que ocorria em 2021, quando o time geralmente voltava ‘voando’ após os 15 minutos de intervalo.
Mais uma vez o supercampeão de Minas e do Brasil desperdiçou inúmeras chances de gol - parece haver excesso de confiança e até mesmo certa dose de soberba. E no futebol, não custa lembrar, ‘quem não faz, leva’. Assim, o alvinegro cedeu outro empate com sabor de derrota, como no jogo contra o Coritiba.
NOVO NORMAL?
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O Turco demora muito a mexer no time, e quando faz, costuma não acertar. Como também não têm acertado muito os jogadores - e aí a culpa não é do treinador, mas dos próprios atletas, de suas limitações técnicas e físicas e, repito, de um certo ‘salto alto’. Juntos, elenco e técnico não têm rendido o que podem.
VENCER OU VENCER
O time parece imaginar ser capaz de vencer o jogo quando bem entender, e o treinador parece imaginar ser capaz de vencer sem mudar as peças que não estão rendendo. Como ambas as situações não ocorrem, o futebol apresentado tem sido muito aquém do esperado e do possível, ainda que os números gerais agradem.
O esforço administrativo e financeiro que vêm fazendo a diretoria e os 4 R’s limita-se a formar o melhor plantel do País e dar-lhe as melhores condições possíveis de trabalho. Daí em diante, o sucesso depende exclusivamente dos atletas e da comissão técnica. Menin e Coelho não entram em campo nem comandam o vestiário.
O Galo, felizmente, iniciou um ciclo virtuoso que depende do resultado em campo, leia-se, títulos e premiações em dinheiro. O elenco que ganhou tudo em 2021 é praticamente o mesmo, como mesmas são todas as espetaculares condições extra-campo. A única grande mudança foi justamente o treinador e sua equipe.
VAMOS, GALO!
Antonio Mohamed precisa dar uma resposta imediata, pois, como visto, aparentemente é o único fator, digamos, de desequilíbrio, já que a única novidade. Precisa encaixar o time, ler melhor e (muito!) mais rápido o jogo, e até mesmo ser, digamos, vibrante à beira do campo - deixar o estilo intelectual-pensador de lado.
Os tempos no Atlético são outros e não há mais - graças a Deus!! - dirigente demagogo e aparecido, batendo no peito, xingando todo mundo e tomando decisões populistas estúpidas (financeira e desportivamente falando), como trocar de treinador a cada seis meses, apenas para satisfazer a bipolaridade da torcida.
O Galo tem planejamento, horizonte e sabe onde quer e precisa chegar. A torcida não pode ser um fator a mais de instabilidade. Ao contrário! Por isso, nada de ‘fora, Turco’. Se o time não engrenar, tenho certeza de que ele mesmo será o primeiro a pedir o boné. Assim, bora apoiar e acreditar. Motivos não nos faltam.