Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Vô Menin: o lado gentil (sim, existe!) das redes sociais do Rubão da Massa

Eu não diria que sou um sujeito analógico. Talvez o mais apropriado seja dinossauro digital, ou semianalfabeto digital. Conheço e sei que existem redes sociais diversas, mas as utilizo muito pouco ou quase nada, a despeito do potencial gigantesco de, digamos, reverberação das mesmas.





Descobri o Instagram há alguns meses - descobri, entre aspas, é claro! E praticamente não sei mais o que é Facebook. Twitter? Não, muito obrigado! Não são poucos os conselhos que recebo para me manter longe do esgoto da esgotosfera da internet. E WhatsApp, bem, apenas poucos e seletos grupos.

Então. No Instagram, me divirto com vídeos e perfis de que gosto. Dentre eles, o de Rubens Menin, fundador da MRV - a maior construtora da América Latina - e um dos 4 R’s que, literalmente, salvaram o Clube Atlético Mineiro da falência líquida e certa - talvez ainda pior que a do rival ‘série BBB’.

Na boa, os comentários dos torcedores atleticanos são simplesmente sensacionais. Cheios de carinho e gratidão sinceros, extremamente criativos e bem humorados e, principalmente, justos (afinal, o que o vô, o papai Menin, o bisa, enfim, fez - e faz! - pelo Clube, não tem preço) são imperdíveis.



Fico pensando na realização pessoal, familiar e profissional do ‘Rubão’, e me perguntando por que exemplos assim são tão raros no Brasil? Mais que isso, me pergunto por que na política brasileira não temos gente como o ‘vô Menin’? Lembro-me da breve passagem do também mineiro, e não menos bem-sucedido, Salim Mattar. E só!

Peguei-me pensando como o País poderia ser muito, mas muito melhor, e como seriam, neste caso, as redes sociais destes imaginários ótimos políticos e governantes. Daí, nessa minha viagem elucubrativa de sexta-feira à noite - após namoro, jantar e muito vinho com a melhor esposa do mundo - comparei com a realidade nacional.

Visitei os perfis de Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, e de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. Visitei as páginas de Romeu Zema, nosso simpático Chico Bento e de Alexandre Kalil (toc, toc, toc). Passei os olhos nos ‘feeds’ de João Doria e de Sergio Moro. Caramba! Só pancadaria, baixaria e ofensas.

Não vou fazer juízo de valor dos ‘comentários’ que li, muito menos se são merecidos ou não. Este texto é sobre coisas boas e pessoas boas. Não vou estragar essa minha ‘vibe’ com quem e o que não presta. Gostaria apenas de compartilhar com vocês, leitores queridos, essa triste - e ao mesmo tempo feliz - reflexão.



Como tenho 55 anos, sei que estou mais pra lá do que pra cá, e quando imagino meu próprio enterro - espero que não seja nem um pouco em breve, hehe; ao menos enquanto não terminar os meus 15 anos de cadeira cativa MRV -, vejo um monte de jovens adultos, filhos dos amigos, ao redor da cova, dizendo como eu fui um sujeito legal.

Daqui a muitos e muitos anos, mas muitos mesmo, se Deus quiser!, quando o ‘Vô Rubens’ partir, lá de cima, irá assistir à maior homenagem já feita a um atleticano, desde a gloriosa fundação do mais amado clube de futebol do mundo. Exagero? Bem, deem uma olhada nas redes sociais dele e entenderão. Ah, já ía me esquecendo: Bença, vô! Se for ao Indepa hoje, não esqueça o casaco.