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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Piada pronta: Flávio Bolsonaro cuidará da arrecadação de campanha do pai

Como o Brasil não possui quaisquer limites para humor e picaretagem, a notícia até que não causou grande espanto, mas não deixa de ser pateticamente irônica


15/06/2022 08:58 - atualizado 15/06/2022 09:56

Bolsonaro e o filho Flávio
(foto: Carolina Antunes/PR )
Flávio Bolsonaro, o filho 01 do verdugo do Planalto, foi fragorosamente pilhado em uma investigação de peculato - as famosas rachadinhas -, quando deputado estadual no Rio de Janeiro, que só não resultou em cadeia por conta da eterna impunidade que reina no País.

Além disso, o pimpolho vive às voltas com ‘cases’ de sucesso imobiliário, que fazem Donald Trump, ex-presidente americano e bilionário do setor, parecer camelô de feira hippie, tamanhos - em quantidade e valor - os lucros auferidos em operações de compra e venda, geralmente em espécie, de salas e apartamentos. 

A última grande tacada foi a compra de uma mansão em Brasília, avaliada em cerca de 15 milhões de reais, por apenas 6 milhões, financiados em um banco estatal, com juros camaradas, e o registro do imóvel em uma pequena cidade nas cercanias da capital.

Por falar em mansão, a habilidade comercial é comum na família do devoto da cloroquina. Seu filho Renan, investigado por tráfico de influência, vive com a mãe em uma, e também conseguiu fazer um ‘negócio da China’, ou melhor, ‘negócio dos Bolsonaros', e paga um aluguel muito abaixo do preço de mercado. Além disso, curiosamente, o locador vive em uma modesta residência fora da cidade.

Voltando ao bolsokid das rachadinhas, Flávio também ficou conhecido pela fantástica loja de chocolates, que vendia panetones como ninguém no País, inclusive fora de temporada, preferencialmente em dinheiro vivo - nada de cheques, nada de cartões de débito ou de crédito. Fico me perguntando o porquê dessa família, tão comercialmente habilidosa, se meter com política, algo que não dá grana no Brasil (contém gigantesca carga de ironia!!).

Segundo matéria do jornal O Globo, é o senador ‘Flavinho Wonka’ - em alusão ao personagem Willy Wonka, da Fantástica Fábrica de Chocolates, hehe - o responsável pela arrecadação de campanha do papis Jair. Sabem como é, né? Os 300 milhões de fundão eleitoral não são suficientes para o PL (Partido Liberal), partido do amigão do Queiroz, dirigido pelo ilibadíssimo Valdemar da Costa Neto, símbolo da probidade política brasileira (contém gigantesca carga de ironia dobrada!!).

Sei não! Com a fama de Flávio, é bom a arrecadação ser bastante generosa mesmo. Do contrário, rachadinha aqui, rachadinha ali, noves fora nada, papai Jair acabará tendo que deixar de ‘comer gente’ com a nossa grana, para pagar as dívidas de campanha, principalmente se Lula, o meliante de São Bernardo, vencer as eleições. 

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