Sinceramente, eu não sei como os (ainda) apoiadores de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, têm a coragem de defender seu 'mito'. Aliás, mito do quê? Das rachadinhas? Do centrão? Do pastor das barras de ouro? Do orçamento secreto? Da inflação, do desemprego e da fome?
O amigão do Queiroz, faz tempo, rasgou a fantasia de probo, liberal e outras crendices que nos fez acreditar ('no meu governo não haverá distribuição de cargos e verbas'), e correu para o abraço de tamanduá bandeira - apertado, duradouro e mortal. Há muito tempo que já nem disfarça mais.
Seu caso de amor - recíproco e mais do que correspondido - com Fernando Collor é um exemplo crasso e acabado. Aliás, é uma relação aberta, quase uma suruba política, já que também fazem parte da esbórnia Ciro Nogueira, Arthur Lira, Valdemar da Costa Neto e outros nomes ilibados.
Collor e Bolsonaro possuem muito em comum: ex-esposas que denunciam suas tretas; assessores (criminosos) íntimos de décadas, como Queiroz e PC Farias; enroscos judiciais; predileção por autoritarismo e grosserias; sociedade indissolúvel com o centrão; gosto por motos e jet skis...
Nesta terça-feira (28), como o Brasil vai muito bem, obrigado!, o devoto da cloroquina não trabalhou novamente, e foi fazer o que mais fez desde que assumiu (quando não está pregando golpe de Estado, claro): campanha eleitoral antecipada e, portanto, ilegal. Mas quem se importa, não é mesmo?
O patriarca do clã das rachadinhas passou o dia brincando de moto, junto ao honestíssimo e benfeitor Fernando Collor, pelas ruas de Maceió, capital de Alagoas. Falem a verdade: nada como bancar salário, mordomia, segurança, etc. para estes caras e não receber nada em troca, não é verdade?
Mas não só! Arthur Lira, o homem das emendas secretas, também estava por lá. Ele é só o presidente da Câmara, pessoal. Não tem nada de importante para fazer. Um convescote dos mais patriotas e honestos políticos do Brasil foi o que de melhor se produziu no dia de hoje. Bora abastecer o carro com gasolina a 8 reais.