Jornal Estado de Minas

RICARDO KERTZMAN

Galo: tragam urgentemente um psicólogo, uma benzedeira e um treinador

Se há uma coisa nesse mundão de meu Deus capaz de azedar o mais doce pudim de leite condensado, é jogo do Galo com uniforme branco. Taqueopariu! Parece que tudo fica (ainda mais) difícil com o manto pálido. E ontem, do lado de lá, havia Marias azuis. Por que raios não jogamos com o uniforme número 1?

Fazia tempo que o Galo não era tão Galo assim. Fez um gol, perdeu outros duzentos, entregou a rapadura (como sempre, né, Seu Nathan?), teve jogador expulso (chamem o Cuca para o Allan), pediu a derrota, perdeu pênalti no finalzinho (mais um na Liberta, Hulk?) e trouxe um empate amargo na bagagem de volta.





Na boa, fora o futebol medíocre de sempre do Guga, e da montanha-russa que é o Ademir - ora faz gol, ora perde gol -, a vitória só escapou porque, nessa temporada, há jogadores tremendo na hora do vamos ver e dando faniquitos infantis. Houve um tempo em que precisávamos de terapia no Atlético. Será que voltamos ao passado?



Sem falar no Sobrenatural de Almeida. Para o bem e para o mal. Contra o Fortaleza, o cara apareceu a nosso favor, a despeito do gol-relâmpago do Romarinho que jamais fará outro igual. Já ontem… Osso, viu! Tem dia - ou noite - que já sabemos o que vai dar. Aliás, não sei como não tomamos a virada aos 50 do segundo tempo.

Além do treme-treme de alguns e dos ataques histéricos de outros, mais uma vez assistimos ao Turco assistir ao jogo. Impávido e colosso como o Brasil, novamente deitou em berço explêndido e só acordou quando a vaca foi pro brejo. Alguém precisa explicar pra ele - talvez um treinador de verdade - que não é proibido mexer no time.

No creo en brujas, pero que las hay, las hay. Que Hulk e Nathan fizeram lembrar a Liberta do ano passado, isso ninguém nega. Alô, vocês dois: mata-mata não é só apelido para jogos eliminatórios, não, pô. Quem não mata, morre! E pior ainda será a presença de três ou quatro pé-frios contumazes, vindos de São Paulo, para o jogo de volta no Mineirão. 




Bem, a caca está feita. Deixamos de vencer por dois ou três gols de diferença. Agora, é só Jesus na causa! Ou o Gabriel, do Arsenal, para bater pênalti, ou o Jorge, ex-Flazerda, para mexer no time antes dos 38 minutos do segundo tempo. Se mandinga com mandinga se combate, já comecei a minha. Sai pra lá, inhaca! Vamu, Galo!