Minas Gerais é o estado mais brasileiro de todos. As grandes empresas realizam, na terra mundial do pão de queijo, suas pesquisas de mercado e testam seus lançamentos junto aos consumidores mineiros.
Por suas características sócio-econômicas, o estado é considerado uma espécie de espelho do Brasil. E na política, desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos venceram as eleições em Minas.
Não é à toa, portanto, as extremas atenção e dedicação dos candidatos à Presidência ao povo das Gerais. Lula, Ciro e Bolsonaro, para ficar com os três principais, visitam Belzonte e o interior com grande assiduidade.
Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto,esteve nas Alterosas duas vezes nos últimos 15 dias, e estará mais uma vez nesta semana. Já Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, fez seu primeiro grande comício em BH, semana passada.
A imprensa mineira é tratada com rara distinção também. Os políticos-politiqueiros fazem absoluta questão de comparecer a todas as entrevistas a que são convidados - além daquelas em que se oferecem com grande fervor.
Neste ano, especialmente, Minas será ainda mais importante para as pretensões de Lula e Bolsonaro, pois o mapa eleitoral parece cada vez mais definido por regiões, e, ao lado de São Paulo, MG poderá ser o fiel da balança.
O amigão do Queiroz consolidou sua liderança no sul e centro-oeste do Brasil, enquanto o líder do mensalão e do petrolão, segundo o MPF (Ministério Público Federal), domina o norte e nordeste, e parte do sudeste.
Com pouco mais de 16 milhões de eleitores - menos da metade de SP, que possui quase 35 milhões - Minas Gerais, hoje, daria a vitória folgada ao chefão petista. Já em paragens paulistas, o jogo está mais equilibrado.
Entra ano, sai ano; entra governo, sai governo; entra eleição, sai eleição, os mineiros são bombardeados por promessas jamais cumpridas, como duplicação de estradas federais, ampliação do metrô da capital e outras mentiras mais.
Em 2022 teremos Minas ainda mais protagonista no pleito nacional, porém, haja vista a história recente, passadas as eleições, novamente esquecido por Brasília. Espero que meus conterrâneos se lembrem muito bem disso na hora do voto.