Costumeiramente escrevo de forma escrachada, informal, provocadora. Não sou jornalista por formação e não aprendi a escrever nos manuais de redação. Não sou estudioso de nada nem muito menos analista de qualquer coisa. Sou apenas um observador atento da cena diária, um crítico ácido das mazelas sociais, políticas e econômicas do Brasil. Um sujeito verdadeiramente indignado com o atraso, a miséria, a corrupção, a violência, enfim, com o País que recebi de meus pais e avós, e que miseravelmente deixarei para minha filha e netos. Escrevo com paixão e sangue nos olhos em busca da companhia de milhões de leitores que encontram ecos de seus protestos em meus precários textos.
O jornalista Mario Sabino, que acompanho desde os tempos de Veja, e agora no site O Antagonista e na revista eletrônica Crusoé - talvez por influência dele mesmo eu seja como descrevi acima -, em artigo triste, porém brilhante, ou em artigo brilhante, porém triste, como queiram, citou dois autores históricos brasileiros, Paulo Mendes Campos e Lúcio Cardoso, e trechos de livros seus, respectivamente, O Anjo Bêbado (1969) e Diário Completo (1949), em que, também respectivamente, diziam: “... Esse monstro é o Brasil. Falta-lhe alarmantemente o mínimo de uniformidade social…”, e “O Brasil é um prodigioso produto do caos. Já nos acostumamos com isso. Não dói mais”.
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