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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Debate Globo Minas: Insuportavelmente chato, me roubou duas horas de sono

Vou encerrar dando um aviso aos meus chefes do Estado de Minas/UAI. Vocês estão me devendo duas horas de sono e um belo adicional de insalubridade


28/09/2022 00:37 - atualizado 28/09/2022 00:37

Candidatos ao governo de Minas
Candidatos sonolentos e debate inútil (foto: Divulgação/Fred Botrel/TV Globo/G1 Minas)
Eu não sei quem convenceu os psolistas de que grito e porrada rendem votos, mas ou eles espancam crianças de 15 anos, como os bate-paus de Boulos fizeram com um garoto em São Paulo, domingo passado, ou gritam as mesmas ideias mofadas dos anos 1950 em Cuba, como a candidata Lorene Figueiredo. Haja saco, viu!

Alexandre Kalil continua letárgico, artificial, aparentemente com severo déficit de atenção e 200% dependente de atrelar sua imagem à do ex-presidente Lula. É como se o ex-prefeito tivesse abdicado de si próprio, para tornar-se mero boneco de ventríloquo do chefão petista. Sem ideias, restou-lhe repetir Lula, Lula e Lula.

Marcus Pestana, tecnicamente o melhor e com mais experiência de todos, mostrava-se nervoso como adolescente no primeiro encontro romântico. Ainda pior, foi o papel de franco atirador, algo que não combina com seu partido (o PSDB ainda existe?) nem consigo mesmo. Para mim, que sou um admirador, saiu menor do que entrou.

Carlos Viana domina a arte da TV. Comunicador experiente, fala bem, articula as ideias, mas seu conteúdo é praticamente nenhum. Dessa vez, ao menos, foi menos subalterno ao presidente Bolsonaro, a quem propagandeia, defende e não recebe a devida recíproca. É muito triste essa falta de amor próprio (de ocasião) de alguns políticos.

Romeu Zema, surpreendentemente, apareceu, já que um fujão contumaz. Menos mal, pois a despeito de estratégias eleitorais e até mesmo o desserviço a si próprio que é comparecer a debates onde será a única vidraça, faz parte do jogo democrático. O governador esteve firme, conseguiu errar menos a dicção e acho que não se arrependeu de ter comparecido.

Como sempre digo, a única coisa que presta nestes debates enfadonhos é o quebra-pau, pois propostas não valem nada, promessas menos ainda e o conteúdo político-eleitoral é quase sempre - e unanimemente - sofrível. E nem isso teve, pois aos candidatos faltou até mesmo capacidade para brigar. E quando alguém tentou, soou simplesmente ridículo.

A média das pesquisas indica a vitória do “Chico Bento” ainda no primeiro turno. Restam apenas quatro dias até as eleições e, claro, isso sempre pode mudar, mas se tal e improvável mudança depender apenas do debate, esqueçam. Acredito que muita pouca gente tenha assistido, e quem tentou, deve ter ido dormir após o segundo bloco.

Vou encerrar dando um aviso aos meus chefes do Estado de Minas/UAI. Vocês estão me devendo duas horas de sono e um belo adicional de insalubridade. Mas como vocês são sempre muito bonzinhos comigo, e como sou quase sempre bem folgado também, estamos no zero a zero. O mesmo placar desse debate insosso. Zzzzzzzzzzz…

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