Eleitor, fale a verdade: você acredita que Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, é a solução para nossos problemas? Fale mais verdade ainda: você acredita que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, poderá oferecer algo melhor ao País?
Ouvimos muito sobre voto útil nestes últimos dias. Ciro Gomes, o coroné cabra-macho, ficou bravo, anunciou um pronunciamento e… pediu voto útil. Nele, é claro. Mas pergunto: qual a utilidade de votar num eterno coadjuvante e perdedor?
Voto útil, a meu, como o próprio nome diz, é votar em um candidato que fará algo por mim, por minha cidade, por meu estado, por meu país. Irei votar com gosto para deputado estadual e federal, cargos que, infelizmente, são ignorados pelo eleitor.
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“Ah, Ricardo, qual é o menos pior?”. Sem a menor sombra de dúvidas, o sapo barbudo. O devoto da cloroquina é simplesmente repugnante. “Então por que você não vota nele (Lula)?”. Porque jamais cairei na armadilha do “voto-vômito” outra vez.
A excelente Cristina Serra, em artigo não menos excelente, cunhou o termo que adotei: voto-vômito. Genial. Em 2018, no segundo turno, por ojeriza à cleptocracia lulopetista, votei nesta merda que aí está. E ainda que não me arrependa, jamais me perdoarei.
Por isso, meus amigos e amigas, meu voto útil vai para… o nulo! Ou o branco. No máximo, para Simone Tebet como forma de incentivo. Eis a maior utilidade do meu voto esse ano: não ajudar a eleger Lula ou Bolsonaro. Não praticar, dessa vez, o tal voto-vômito.
Como perguntei acima, o que ambos têm a oferecer senão o que já conhecemos e que não gosto nem um pouco? Mas assim penso eu, claro, e ninguém precisa ou deve pensar igual. Portanto, aos diferentes, bom voto! Vão e voltem em paz. Eleição não é guerra.