Não gosto de Lula, o político, a quem chamo de meliante de São Bernardo. Não gosto de Lula, o ex-presidente, a quem reputo líder do maior esquema de corrupção do mundo. Não gosto de Lula, o homem, a quem, pela história, considero péssimo exemplo de vida. Contudo, não reconhecer, hoje, que perto de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, o petista é, em todos os quesitos acima, menos pior, seria muita cegueira ou fanatismo.
Nunca votei em Lula e no PT em toda a minha vida, e provavelmente jamais votarei. Nem agora, que a mera possibilidade de reeleição deste delinquente moral me arrepia os inexistentes fios de cabelo, consigo admitir tal hipótese. Petistas me dizem que, assim, estou ajudando o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones e dinheiro vivo. Não creio. E mesmo que verdade fosse, sinto muito.
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Assisti, igualmente, à entrevista do presidente Bolsonaro ao não menos competente Ricardo Carlini, também na Alterosa. Chamou-me a atenção fatos negativos, como a necessidade de ter o governador Zema a tiracolo e as costumeiras grosserias desmedidas. Carlini, a meu ver, foi igualmente generoso com o amigão do Queiroz, poupando-o de assuntos que seriam, como direi?, deselegantes tratar - é obrigação ser cortês com o convidado.
Quem me conhece ou me acompanha no UAI, Estado de Minas, Istoé e Rádio Itatiaia sabe que, entre Lula e Bolsonaro, escolho o NULO. Ambos representam tudo aquilo que não quero para mim e meu País. Na segunda-feira, dia 1 de novembro, vestirei preto em sinal de luto, vença a porcaria que vencer. Mas torço, sim, pela derrota do monstro que aí está, ainda que signifique a vitória de quem jamais gostaria de ver presidente do Brasil.