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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Lula pode vencer Bolsonaro por 51% a 49%: risco de conflito social é enorme

Em Goiás, deputado Amauri Ribeiro (União Brasil) fala em guerra civil, promete empunhar armas e ameaça eleitor do PT: "Deus te livre de estar nas ruas"


26/10/2022 11:13 - atualizado 26/10/2022 14:25

Montagem de duas fotos, Lula e Bolsonaro
Lula (quase) lá (foto: Michael Dantas e Evaristo Sá)
Após mais uma rodada de pesquisas eleitorais, consolidados os números dos institutos dignos deste nome, salvo fato verdadeiramente extraordinário - e nem o tiroteio promovido por Roberto Jefferson foi um -, as urnas caminham para dar a vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva por vantagem muito apertada e próxima à obtida por sua correligionária, a ex-presidente Dilma Rousseff, sobre o deputado federal Aécio Neves (51% a 48%), em 2014.

Se a eleição fosse hoje, e não é!, o resultado final tenderia fortemente a ser Lula 51% x Bolsonaro 49%. Atenção: cerca de 5% dos eleitores estão indecisos e cerca de 7% dos eleitores de Lula e Bolsonaro admitem mudar o voto. E mais: além dos escândalos e factóides comuns às retas finais de eleições, teremos o debate da Rede Globo na próxima sexta-feira. Ou seja, fortes emoções ainda estão por vir, e, como diz a Bandnews, "em 20 segundos, tudo pode mudar".

Uma coisa, porém, é fato: se Lula vencer por margem tão apertada, a horda extremista do bolsonarismo - e estamos falando de milhares de potenciais Robertos Jeffersons por aí - não irá respeitar o resultado, e a possibilidade de eventos graves, envolvendo violência física contra petistas, jornalistas, políticos e autoridades, é real. Haja vista o comportamento do deputado do vídeo abaixo. Pior: a chance de manifestações populares em desfavor da democracia é ainda maior.

Em 2014, Aécio Neves inaugurou, na prática, o movimento que hoje não é desprezível contra o sistema eleitoral brasileiro. Ao contestar o resultado, exigir auditoria e outras afrontas antidemocráticas, o tucano semeou o terreno fértil em que prosperam, atualmente, as mistificações bolsonaristas. À época, os “coxinhas” ficaram revoltados e foram chorar na cama, que é lugar quente. Como se comportarão agora os CACs de Bolsonaro? Na palavra ou na bala? Eis a questão.

Se nas ruas teremos dias difíceis caso Lula seja eleito, na política, melhor sorte não nos assistirá. A bancada radical bolsonarista, principalmente após o início da nova legislatura, irá infernizar o novo governo e poderá, na prática, paralisar o País. Mas, até lá, uma enxurrada de fake news, denúncias falsas, factóides eleitorais e todo arsenal possível de armas golpistas serão utilizados para incendiar as bolhas do bolsonarismo extremo por todo o Brasil.

Durante décadas, assistimos ao PT manipular seu “exército” (CUT, MST, MTST, ONGS, sindicatos etc.) e, literalmente, incendiar as ruas e depredar patrimônios público e privado, além de infernizar a vida da população com suas manifestações políticas violentas. Enquanto seus bate-paus arriscavam as próprias peles em confrontos com a Polícia, os dirigentes assistiam a tudo, confortavelmente - e seguros!! -, em seus gabinetes no Congresso Nacional.

Se, como prevejo, baseado nas pesquisas de opinião de hoje e no ambiente político atual, Lula vencer no domingo e o pau começar a quebrar, quero ver onde estarão o clã Bolsonaro e seus golpistas mais próximos: se nas ruas, enfrentando o Estado Democrático de Direito armado, leia-se, os militares, ou se nas redes sociais, tocando o terror do sofá, enquanto entopem as panças com leite condensado superfaturado, e seus trouxas úteis são presos. 

Nos EUA, mais de 50 idiotas já foram condenados pela invasão ao Capitólio em 2021. E Trump? Rindo da cara deles, ué, curtindo a vida adoidado. Quem me acompanha sabe o quanto desprezo ambos (Lula e Bolsonaro) e o quanto combato seus extremistas imbecilizados. Eu espero, sinceramente, que esteja enganado - não quanto à vitória do meliante de São Bernardo sobre o verdugo do Planalto -, mas a violência que me parece, hoje, infelizmente, inevitável.

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