Jornal Estado de Minas

RICARDO KERTZMAN

Tiros na PF e nos pretos: votar em Bolsonaro é apoiar Zambelli e Jefferson

Seguramente, já ultrapassa uma dezena o número de episódios recentes de violência física, inclusive armada, de bolsonaristas fanáticos contra opositores políticos, sobretudo os petistas.





Eu mesmo (que não chego nem perto da esquerda) já sofri com episódio de perseguição, hoje chamado “milícia digital”, e sei bem como se organizam e atuam estes vagabundos.

Petistas já foram assediados, espancados e mortos por militantes de Jair Bolsonaro, que jamais condenou os crimes - ao contrário: faz questão de incentivar sua malta violenta. 

Membros do MBL (Movimento Brasil livre) sofreram ferimentos graves e foram expulsos, a socos e pontapés, de uma manifestação bolsonarista neste sábado (29/10).

Roberto Jefferson, dias atrás, como todos sabem, recebeu a balas e granadas agentes da Polícia Federal, sendo, inicialmente, relativizado por Bolsonaro e sua canalha.





Também ontem, a deputada extremista Carla Zambelli, espécie de Gleisi Hoffmann do bolsonarismo, perseguiu um homem preto pelas ruas de São Paulo com a arma em punho.

Fascistoide bolsonarista masculino em ação (foto: Reprodução/Redes Sociais)
A “Rambo Tupiniquim” não gostou do que o rapaz disse, tentou agredi-lo e, não satisfeita, após encurralá-lo em um bar, o humilhou de forma inaceitável, intolerável e racista.

Como se fosse uma policial (e não é!) e como se a vítima fosse um criminoso (e não é!), ordenou que o homem deitasse no chão, sob a mira de seu revólver da ultra direita.

Fosse o moço branco e rico, a deputada teria a mesma valentia? A covarde cometeu uma penca de crimes, dentre os quais, em tese, portar arma de fogo na véspera da eleição.





Aliás, se um rapaz preto corresse, armado, atrás de uma deputada branca pelas ruas dos Jardins, em São Paulo, estaria em casa a uma altura destas ou preso, senão no necrotério? 

Jair Bolsonaro prega abertamente o extermínio das esquerdas e lamenta que o Exército brasileiro não tenha exterminado nossos índios, como os americanos, os deles.

Jair Bolsonaro agride verbalmente as mulheres, principalmente as jornalistas, com frases e termos pornográficos. E odeia declaradamente os homossexuais e transsexuais.

Jair Bolsonaro prefere ver um filho morto a um filho “beijar um bigodudo”. E já comparou um quilombola a gado de corte, além de dizer que "não serve nem para procriar”.

Jair Bolsonaro, seus filhos e fanáticos, já disse e repito, são incondizentes com a vida e a dignidade humanas. Nem as crianças escapam ao assédio armamentista dessa gente.

Se as urnas não frearem estes vândalos armados, que a lei o faça. Não é possível ficarmos à mercê dos tapas, socos, pontapés e tiros destes fascistoides bolsonaristas.