Não é novidade alguma para quem me acompanha, que simpatizo muito com o governador Romeu Zema e as posições do Partido Novo (nem todas, é claro!). Também não é novidade a minha torcida pela projeção nacional do nosso Chico Bento, a ponto de cacifá-lo - com chances - na corrida pelo Planalto em 2026. Por fim, também não são novidades as críticas que faço (e sempre fiz, pois verdadeiramente construtivas) a certas decisões que toma.
O genial e imortal Santo Agostinho ensinou com extremas clareza e propriedade: “prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem”. Não sei se meus textos chegam aos olhos do governador, mas repito o que já escrevi aqui: considero um erro ter atrelado, não seu apoio, pois legítimo e natural, ao presidente Bolsonaro, mas sua imagem como político, gestor de sucesso e grande ser humano.
A crença de que Bolsonaro, se eleito, iria apoiá-lo em 2026, jamais entrou na minha cabeça oca. Agora, não reeleito, menos ainda. Para piorar, quando as pesquisas deram a mesma vantagem em Minas, a favor do presidente eleito Lula da Silva, indicando nenhuma ou muito pouca transferência de votos, temi pelo pior, politicamente falando, para Zema. Seria um vexame monumental e sinalizaria à oposição, e a todo o País, falta de força regional.
o candidato derrotado nacionalmente, Jair Bolsonaro, a um quase empate em Minas Gerais (50.20% x 49.80%), com cerca de apenas 50 mil votos a menos que o vencedor - no Brasil, a diferença foi de mais de 2 milhões de votos. Lembrando que, no primeiro turno, Lula havia vencido com larga vantagem (4,70%).
Felizmente, para quem gosta e torce por ele - e para si mesmo -, o governador mineiro fez com louvor seu dever de casa, e levou Chico Bento, pois, fez “bunitu” e mostrou que está, sim, com a bola toda no estado. Tomara que tamanha demonstração de força traga bons frutos na Assembleia Legislativa e no próprio governo federal. A situação de calamidade fiscal em que Minas Gerais foi entregue pelo petista Fernando Pimentel está longe de terminar. Zema precisará de toda a ajuda - e mais um pouco - para continuar o trabalho de recuperação que iniciou em 2018.
Se depender de sua performance nestas eleições (vencedor em primeiro turno, no segundo maior colégio eleitoral do Brasil, e os votos que transferiu, no segundo turno, para Jair Bolsonaro), logrará êxito nas duas empreitadas - estadual e federal. Se o bom trabalho em Minas será suficiente para levá-lo a disputar a Presidência da República, só o tempo dirá. Mas não se distraia muito, caro leitor. Quatro anos passam voando.