Após mais de 40 horas de silêncio sepulcral e obsequioso com seus bate-paus terroristas que estão interditando estradas, fechando ruas, queimando pneus, espancando petistas e até matando pessoas, pedindo um golpe de Estado e não aceitando a vontade da maioria absoluta dos brasileiros (mais de 70% dos eleitores não votaram no mito de araque), Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, resolveu dar o ar da desgraça e se pronunciar à nação.
Curto como nunca - o que é ótimo, pois nos poupou de seus perdigotos intelectuais - e vazio como sempre, ao menos disse uma coisa que prestasse, aliás, em concordância total com o que escrevi ontem, e reafirmei hoje. O amigão do Queiroz comparou os golpistas caminhoneiros aos movimentos terroristas de extrema esquerda (MST, Via Campesina e afins), e declarou que “não podemos usar os mesmos métodos da esquerda e cercear o direito de ir e vir”. Alô, pessoal do Mundinho Confuso: seu dono concordou comigo. Sem ofensas, hein?, hehehe.
O doidão, vejam vocês, afirmou que não é antidemocrático. Claro que não! Até o momento ele não reconheceu o resultado das eleições, mas, como disse diante das 700 mil mortes por covid-19, “e daí?”. Nada mais natural do que não reconhecer a soberania popular, ué. Em seguida, falou em ser representante da direita. Uma ova! Representa uma turba gigantesca de reacionários da pior espécie e máximo perigo, isso sim.
Após 2 minutos de “profunda” fala em que não disse nada com coisa alguma, e que produza efeitos concretos contra a gravíssima crise atual - que plantou e está cultivando na calada do Planalto - o devoto da cloroquina se foi, sob os aplausos e zurros de “mito”. Por fim, o substituiu Ciro Nogueira, Chefe da Casa Civil, que anunciou que “o presidente autorizou o início dos trabalhos de transição para o novo governo”. Nossa, que generosidade!!
Então, ficamos assim: o presidente não reconheceu o resultado das eleições, não condenou ou pediu o fim das paralisações, não disse o que irá fazer se o terrorismo continuar e se mandou para bricar mais um pouco de “perfeito ditador latino-americano”. É isso o que temos para hoje! Não me perdoo por ter votado neste sujeito. Meu Deus! O que foi que eu fiz?