Costumeiramente, escrevo sobre política e políticos, governos e governantes, causos da vida e do cotidiano e, vez ou outra, sobre o Clube Atlético Mineiro, o Galão da Massa, o Galo mais querido do mundo, minha maior e mais avassaladora paixão.
O leitor amigo, a leitora amiga podem perguntar: ”Maior? E sua filha, Ricardo?”. Respondo: Nem perto de ser (a maior paixão). E ela sabe disso e aceita, tadinha, resignada, hehe. Nada que um Iphone novo não resolva, se é que me entendem os pais de adolescentes.
Bem, como Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e Lula da Silva, o ex-meliante de São Bernardo (agora é presidente eleito, fazer o quê, né?), andam sumidos - ainda bem! -, me sobrou tempo para falar do Galo, especificamente de Cuca, Sergio Coelho e os 5 Rs.
Quem é atleticano e atento irá me questionar: “cinco?”. Sim, cinco. O quinto elemento, neste caso, é Rodrigo Caetano, diretor de futebol do clube. Bem como seus pares de primeira consoante - como eu, R -, vem sendo estupidamente atacado e injustiçado por muitos.
Cuca: o maior vencedor
Comecemos por Cuca, o treinador mais vitorioso da história do Galo, o cara que nos deu a libertação eterna em 2013 e, ano passado, o gosto doce que merecíamos desde 1976, tirado de nossas bocas pelos demônios do futebol e os ladrões do apito desde então.
Um amigo me lembra o que fez Cuca em 2011, com Patric, Toró e companhia, na zona do rebaixamento, quando trouxe Pierre, promoveu Bernard à titularidade e nos salvou do rebaixamento, montando a base do timaço de 2012, campeoníssimo em 2013 e 2014.
Lembrar o que o treinador fez ano passado seria desnecessário caso os seres humanos, em grande parte, não fossem injustos e egoístas, centrados em si mesmos como crianças mimadas, batendo histericamente os pés no chão porque não ganharam um pirulito.
Cuca foi um gigante, e este ano, não graças a ele, mas à incompetência de nossos atletas, que perderam gols incríveis e pênaltis decisivos, além de expulsões infantis, não chegou mais longe na Libertadores e na Copa do Brasil, já que o Brasileirão não dava mais.
Rodrigo Caetano e os 4 'Rs'
Já Rodrigo Caetano, outro herói reverenciado unanimemente em 2021, hoje é tido como incompetente, mercenário, traíra e outras babaquices típicas de recalcados e injustos, que não perdem uma única oportunidade de exorcizarem suas frustrações sobre os outros.
Uma coisa é criticar e responsabilizar o diretor do Galo, de forma merecida, inclusive, já que o trabalho de 2022 foi muito ruim, sim. Outra, bem diferente, é acusá-lo do que não é nem nunca foi, e apagar a história maravilhosa que (também ele) escreveu ano passado.
Pessoalmente, e sei que falo por milhões de torcedores, principalmente aqueles que não pensam e não falam somente com o intestino preso nem usam o insucesso alheio como válvula de escape para os próprios, parabenizo Cuca e Rodrigo pelo conjunto da obra.
Sobre os demais Rs, Ricardo, Rafael, Rubens e Renato, dizer o quê, além de muito obrigado? Os caras não trabalham no Galo, não são responsáveis pelo dia a dia do clube, dedicam tempo e dinheiro “pacaraio” em prol do quê, senão amor ao alvinegro?
Sérgio Coelho e vagabundos
Nenhum deles tem pretensões políticas, como outros dirigentes tiveram. Nenhum deles saqueia os cofres do clube, como outros saquearam. E vem vagabundo me dizer, em grupo de WhatsApp, que estão prejudicando o time de propósito, para desvalorizar o Atlético?
Sim. Tem gente dizendo isso: “Vão comprar uma SAF na baixa”. Deixe de ser asqueroso, rapaz! Você fez parte da quadrilha que faliu o Atlético, inclusive faturando alto com serviços supostamente realizados. Seu nome está no relatório da Kroll? É só uma pergunta.
Por fim, sobre o presidente Sergio Coelho, duas palavras: obrigado e coragem! O que este sujeito dedica de atenção, zelo e amor ao Atlético é algo inimaginável. O que prejudica a própria saúde e sua vida pessoal e familiar, então, é ainda mais impressionante.
Não há na história do clube presidente mais vitorioso, mas o que importa, não é mesmo, mimadinhos, invejosos e rancorosos de plantão? Danem-se os campeonatos mineiros, a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Supercopa sobre o Flamengo, né? O importante é xingar.
Encerro
O importante é ofender, maldizer, acusar… Críticas? Nenhuma. Só porrada covarde mesmo. Porque críticas são legítimas e sempre bem-vindas, mas coisa de gente intelectualmente honesta e disposta a ajudar, e não de gente mesquinha, miúda, suja.
Aprendam a reconhecer os méritos de quem merece, pois justo e honesto. Aprendam a aceitar as derrotas, pois parte da vida. Aprendam a valorizar o passado, pois farol para o futuro. Aprendam, sobretudo, a conviver com as frustrações como adultos, pois fundamental para o crescimento como indivíduos.
"Ah, Ricardo, você está puxando o saco dos seus amigos". Uma ova! Não preciso puxar o saco de ninguém, pois não dependo de ninguém. E nenhum deles depende, ou minimamente se importa com o que escrevo. Conheço meu lugar e tamanho. Apenas, como em tudo, não consigo - ou me permito - calar diante de injustiças.
Só eu e meu quarto sabemos o que passei e senti em 2 de dezembro do ano passado, após a virada improvável sobre o Bahia. Morrerei eternamente grato a todos que, direta ou indiretamente, muito ou pouco, contribuiram para a segunda maior alegria da minha vida. "A primeira foi o nascimento da sua filha, Ricardo"?. Não. Foi a bola do Giménez, beijando a trave direita do Victor, em 25 de julho de 2013.
Só eu e meu quarto sabemos o que passei e senti em 2 de dezembro do ano passado, após a virada improvável sobre o Bahia. Morrerei eternamente grato a todos que, direta ou indiretamente, muito ou pouco, contribuiram para a segunda maior alegria da minha vida. "A primeira foi o nascimento da sua filha, Ricardo"?. Não. Foi a bola do Giménez, beijando a trave direita do Victor, em 25 de julho de 2013.