Pronto. Já inventaram algo novo para reclamar. Nas redes sociais de torcedores atleticanos, a discussão agora gira em torno da possibilidade de a Arena MRV e a Cidade do Galo entrarem no negócio da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) que o Atlético negocia com investidores, e que deverá ser anunciada oficialmente nos próximos dias.
Os bem-intencionados reclamam que “perderemos nosso maior patrimônio”. Os mal-intencionados dizem que “estão dando nosso maior patrimônio”. Amigos, nem uma coisa nem outra. Se o negócio se concretizar dessa forma, o CAM estará "vendendo" cerca de metade destes ativos para, principalmente, quitar suas dívidas.
O título desta coluna ilustra bem a situação atual do Galo. Ser o proprietário da arena mais moderna da América Latina, avaliada em mais de 1 bilhão de reais, certamente enche de orgulho qualquer atleticano que se preze. Porém, sem dinheiro para operá-la adequadamente, e mais, para mantê-la brilhando nos próximos anos, o orgulho se esvai.
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O brasileiro que tem a sorte de poder consumir bens e produtos de alto valor agregado, costumeiramente o faz através de parcelamento (prestações). Nos países desenvolvidos, os juros costumam ser baixos e a renda elevada, trazendo certo equilíbrio ao mercado. No Brasil, infelizmente, a realidade é outra, e bastante desequilibrada por sinal.
Assim, não é incomum um vizinho usar um smartphone de última geração, mas não pagar o condomínio. Ou o coleguinha do filho chegar à escola em carro zero, mas a mensalidade estar atrasada. O Atlético, meus caros, vive exatamente essa situação. Mora em Lourdes, tem sítio em Vespasiano, campinho de pelada no Califórnia, mas deve os tubos.
Fosse eu o “dono” do Galo e “passava tudo nos cobres”. Venderia Arena, CT, shopping, sede e o que mais tivesse. Pagaria minhas dívidas, deixaria de enriquecer bancos e financeiras, arrumaria minha casa e iria, aí sim, curtir a vida, à beira das piscinas do Labareda e da Vila Olímpica, assistindo ao Galão da Massa ser campeão na Arena MRV.