Jornal Estado de Minas

RICARDO KERTZMAN

Nikolas diz que Bolsonaro pode ser preso. Radialista confirma a informação

Em entrevista ao apresentador Emílio Surita, do Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) afirmou: “acho muito complicado ele (Bolsonaro) voltar; ele pode inclusive ser preso”.





Nikolas respondia à pergunta sobre a imagem que o ex-presidente passa a seus seguidores, mantendo-se fora do Brasil desde o final do ano passado. Na sequência, Emílio disse: “não passa do aeroporto (se Bolsonaro voltar), vai direto para a Papuda”.

Provavelmente falando sobre corrupção, o deputado foi contraditório: “essa eleição frustrou toda uma geração, que ouviu falar que a gente iria quebrar o sistema”. Nikolas é filiado ao Partido Liberal, cujo presidente é o ex-presidiário por corrupção, Valdemar Costa Neto.

Já Emílio filosofou, sobre sexualidade: “Mãe, quando é que eu vou saber se sou homem ou sou mulher? O que alguém vai responder para a criança que tem seis ou sete anos, e não sabe ainda? Quando virá alguém dizer para ela se será homem ou mulher?

A pergunta veio após Nikolas dizer: “a esquerda passa 4 horas por dia com as crianças na escola”. Com a sabedoria que o WhatsApp lhe deu, o deputado respondeu ao pensador da Pan: “eu diria, uma hora você vai ter que escolher entre o urologista e o ginecologista.”





“Hoje, 70% dos jovens cristãos que entram na faculdade abandonam sua fé depois que acabam a graduação, ou seja, isso causa um impacto na cultura”. Dilma Rousseff não poderia ser mais clara (no objetivo) e precisa (no “chute” estatístico).

Nikolas afirmou que tentará a titularidade na Comissão de Direitos Humanos, mesmo após ter ofendido uma moça obesa - e reforçado seu preconceito - e estar respondendo processo criminal por injúria racial por ter agredido a deputada (trans) Duda Salabert

Como não seria diferente, demonizou a parada gay, pregando como pastor: “nossa carne é podre. O sal pode conservar, mas não pode mudar”. Há quem considere o rapaz um gênio. Às portas dos quartéis havia milhares. E há quem não considere o Pânico um programa de humor.