Quem me conhece, ou me acompanha nestes nem tão longínquos 7 anos de Portal UAI e Estado de Minas Digital - e 3 anos na revista impressa e site da Istoé, além de quase 1 ano na Rádio Itatiaia -, já se acostumou com esse meu jeito meio bronco de ser, sempre reclamão, atirando a esmo contra (quase) tudo e contra (quase) todos.
Hoje, abrirei exceção na minha rabugice habitual, para elogiar, parabenizar e agradecer, efusivamente, os responsáveis pelo belíssimo carnaval que tivemos em Belo Horizonte. Como Uber-Pai, participei ativamente dos bloquinhos e dos grandes shows, e posso afirmar, com absoluta certeza, que foi o melhor carnaval dos últimos anos.
A população deu um show de civilidade. Pouquíssimas brigas, muita alegria, respeito às mulheres e à diversidade de gênero, muita organização dos blocos, com raríssimas exceções, e obediência a locais e horários. Sim, claro: teve roubo de celular, abuso de bebida, gente fazendo xixi na rua e sujando calçadas. Mas muito pouco. Dentre milhões, não serão dezenas a manchar os dias de festa.
A Polícia Militar foi praticamente impecável. Da inteligência ao patrulhamento preventivo e ostensivo, tudo funcionou muito bem. E a educação dos policiais, no auxílio aos pais (meu caso) durante o leva-e-traz dos filhos, foi exemplar. Quiçá permaneça assim, e a régua de qualidade tenha subido ao ponto de não-retorno. Parabéns, PMMG e Governo de Minas.
Foi muito legal, também, ver a sincronia e o bom trabalho da Copasa (bebedores) e da Cemig (fios elétricos), bem como do Corpo de Bombeiros e do pessoal da Saúde (médicos e enfermeiros rápidos e sempre a postos para os atendimentos emergenciais). E o que falar e como agradecer à turma da limpeza? Parabéns e muito obrigado, garis de BH! Mais uma vez, vocês deram um show de amor pelo bem-estar da população.
Cerca de um mês atrás, eu e meus colegas de bancada do programa Conversa de Redação, da Rádio Itatiaia, criticávamos a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Estávamos chateados pelo improviso e pela falta de patrocínio privado do nosso carnaval. Ao mesmo tempo, defendíamos o financiamento público para a festa, que entendíamos investimento, e não gasto, haja vista o retorno sob a forma de arrecadação de impostos e outras receitas.
Pois bem. Com todos os improvisos e a falta de planejamento prévio (um mês é muito pouco), e com toda a carência de dinheiro privado (patrocinadores), a Prefeitura conseguiu realizar uma festa maravilhosa, quase impecável. Se fosse uma escola de samba eu lhe daria nota 9.88. Só não daria nota 10 para ser chato mesmo. É da minha natureza, hehe. Aliás, pedir transporte público adequado seria pedir muito?
Estão de parabéns, pois, o prefeito Fuad Noman e todos os envolvidos - e todos significa… todos! Um evento da magnitude do nosso carnaval, com, sei lá, 5 milhões de pessoas nas ruas, em que incidentes ou acidentes graves não existiram; em que brigas não foram observadas, senão por um maluco na última noite; em que roubos e homicídios caíram a padrões escandinavos (quem nos dera permanecesse assim!), é digno de extremo louvor.
Se a boa propaganda é a alma do negócio, Belzonte pode se preparar, pois os turistas saíram daqui encantados e ansiosos, não apenas pelo carnaval de 2024, mas pela Semana Santa, pelo 7 de setembro e qualquer outro feriado ou oportunidade para voltar. Receber bem é próprio dos mineiros, e o turismo, a vocação de BH. Somos hospitaleiros como poucos no Brasil. E temos a melhor culinária e os mais belos jovens do País. Caramba! Como estou orgulhoso dessa cidade, de sua população e das autoridades envolvidas.
P.S.: O querido Álvaro Goulart, da regional Centro-Sul da PBH, com toda a razão “puxa minha orelha” e me lembra do belíssimo trabalho feito pela Belotur e a Guarda Metropolitana: “você não tem ideia o quanto eles trabalharam”.
Tá aí, amigo! Perdão pelo esquecimento, obrigado pela lembrança e forte abraço.