Jornal Estado de Minas

RICARDO KERTZMAN

Depois de panetones, Bolsonaros partem para nova modalidade de lucro

Eita família boa de negócios essa, sô! Compram e vendem imóveis - sempre com lucros fabulosos - como quem compra e vende coco na praia. Compram e vendem panetones de chocolate, mesmo fora de época - geralmente em dinheiro vivo: nada de cartões de crédito e débito, por favor - como se fosse latão de cerveja em porta de estádio. Sem falar nos funcionários dos gabinetes, que moram em uma cidade e trabalham em outra, e que ainda, generosamente, devolvem parte dos salários ao amigão de décadas, Fabrício Queiroz.





clã Bolsonaro não é fácil, não! Pai e filhos trabalham (trabalham?) há décadas no serviço público. Iniciativa privada, trabalho duro, cartão de ponto, salário contado, nada disso. Só “mordox’ da boa. Olha só o fujão morando na Disney, brincando de dar “palestras” em igrejas, hehe. Era o “mito” que reclamava das "palestras" do meliante de São Bernardo, não era? Ok, que os valores são incomparáveis, mas aí cada um cobra o que pode, né? Quem mandou o devoto da cloroquina não ser amigo dos Odebrecht, mas do Allan dos Santos?

Eduardo Bolsonaro, aquele que seria embaixador brasileiro nos EUA por saber fritar hambúrguer como ninguém, acaba de lançar a "Bolsonaro Store ", que vende bugigangas na internet com referências ao paipai. Fico imaginando um cofrinho com os dizeres: “rachadinhas”. Ou uma caneca com um jacaré desenhado, antes um ser humano que tomou vacina. Ou ainda, uma metralhadora de plástico cujo alvo de papel seria um pôster dos índios yanomamis. Na boa, tem piada que já vem pronta de fábrica, não é mesmo?

Flavinho Wonka, o senador das rachadinhas, comprou uma mansão após ganhar muito dinheiro com uma franquia de chocolates. Carluxo Bolsonaro, arruaceiro digital travestido de vereador no Rio de Janeiro, vive muito bem, obrigado, sabe-se lá como. O tal Renan, o caçula com cara de canastrão de filme mexicano, andou ganhando carro e alguns trocados, como direi?, apresentando empresários amigos ao governo. Faltava, portanto, a empreitada do Dudu Bananinha, que, pelo histórico familiar, em breve será multimilionário, vendendo caneta Bic usada pelo pai. Minha sugestão: Queiroz para contador! Fui.