Fiquei muito feliz e honrado com o convite que recebi - prontamente atendido! - para participar da reunião ocorrida nesta terça-feira (21), na prefeitura de Belo Horizonte, entre aviadores, dirigentes da Associação Voa Prates, representantes da Infraero, membros dos Poderes Executivo e Legislativo e outros interessados na celeuma a respeito do fechamento, ou não, do Aeroporto Carlos Prates.
Já escrevi bastante a respeito (aqui e aqui) e já falei também durante minhas participações no programa Conversa de Redação, da Rádio Itatiaia, do qual sou comentarista, e por isso vou caminhar no sentido, não de comentar ainda mais sobre o tema, mas falar do que observei na reunião e das minhas (ótimas) expectativas a respeito - sim, estou muito otimista.
Raras vezes observei tanta gente boa (no sentido de boa intenção e de bons propósitos) e qualificada (tecnicamente falando), debruçada sobre um tema tão sensível, em busca de uma solução que satisfaça e atenda a todos. Quando Poder Público e iniciativa privada caminham juntos, de forma aberta e colaborativa, sem interesses mesquinhos (financeiros, pessoais e políticos), o resultado é fantástico. E será.
Assisti à uma apresentação impecável do Voa Prates, de um projeto espetacular para o aeroporto, com a participação da FIEMG e outros empresários locais, que simplesmente eleverá Belo Horizonte a polo aeronáutico do Brasil, além de um benefício social e econômico incalculável - inclusive para Minas Gerais -, como, por exemplo, um hospital referência em transplante de órgãos.
Assisti à uma Infraero técnica, colaborativa, deixando bem claro o papel de facilitadora, e não de adversa à qualquer decisão que se tome no futuro. Inclusive, para minha surpresa, já que sempre tão crítico do governo federal, sobretudo em tempos de PT no poder, absolutamente nada de ideologia ou viés político foi observado. Estão de parabéns os representantes do governo federal.
Fuad Noman, o prefeito de BH, se mostrou inteiramente aberto à soluções e aproveitou para lembrar aos presentes de que não foi ele, ou melhor, não foi dele a decisão de fechamento do aeroporto, mas do governo Bolsonaro, em setembro de 2020, e como chefe do executivo da capital, procura dar o melhor destino possível à área, caso seja de fato irreversível a decisão federal - espero que não seja!!
O prefeito é um gestor técnico, mas com olhos sempre atentos e voltados para as causas sociais, principalmente o déficit habitacional da população de baixa renda. Por isso, é necessário que os aviadores e empresários caminhem de mãos dadas com a prefeitura, e busquem soluções para este problema que é de todos, assim como é de todos a importância - e os benefícios - da continuidade do Carlos Prates.