Desde 2001, combato com extrema veemência o presidente Lula, o ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro) e seu partido, o PT. Motivos eu os tenho às pencas: aproximação, amizade e apoio a ditadores, terroristas e facínoras de toda a sorte mundo afora; corporativismo, fisiologismo, populismo e corrupção desenfreada desde o nascedouro do partido; ideias e ideais velhos, mofados, retrógrados e canhestros; cinismo, mau caratismo, falsidade, mentiras e manipulação como métodos políticos.
E mais: um bando com dezenas, senão centenas de corruptos e incompetentes, representados pelo que há de pior na política e administração pública em todos os níveis (municipal, estadual e federal) e esferas (executivo, legislativo e judiciário). Em meio a eles, uma estoquista de vento, responsável pelo período mais recessivo da história de um país em tempos de paz. E um terrorista, quadrilheiro e ladrão. E filhos que herdaram as piores características dos pais e que enriqueceram às custas de muitas mutretas.
Quando imagino que nada poderá ser pior, vindo de Lula e o PT, eles me surpreendem. Há alguns dias, o chefão petista elogiou a Argentina, desconsiderando uma inflação de 100% ao ano. Defendeu e relativizou, para não variar, ditadores e ditaduras. Seus ministros atacaram empresas privadas de importância mundial, como a Uber (“pode ir embora se quiser”) e os maiores bancos do País (“não tenho medo de cara feia”), ao mesmo tempo em que guerreiam, ao lado do mensaleiro, contra um Banco Central independente.
frustrado a tempo pela Polícia Federal, o presidente da República (meu Deus!) afirmou:
Não temos 100 dias de governo e essa gente já produziu uma quantidade monumental de lixo intelectual. Mas ontem, quinta-feira (23), aquele que não é dono de sítio em Atibaia nem de triplex no Guarujá conseguiu bater o próprio recorde de cretinice e proferiu uma fala repugnante até mesmo para os próprios padrões. Sobre o atentado à vida de autoridades públicas, pelo PCC, facção criminosa de ordem mundial, com mais de 100 mil “soldados”, “Eu acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, é visível que é uma armação do Moro. Vou pesquisar, vou saber. Fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Eu vou pesquisar e saber o porquê da sentença. Não vou ficar atacando ninguém sem ter provas e, se for mais uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está mentindo”. Que coisa! Que fala cafajeste, delinquente, abjeta.
A sedizente “alma mais honesta deste país” não apenas enxovalha a Polícia Federal, o Ministério da Justiça e, no limite, o Poder Judiciário, mas desdenha do potencial ofensivo e socialmente convulsionante de um dos mais perigosos grupos de crime organizado do mundo. Pior: coloca em risco a vida de um senador e sua família, ao relativizar a necessidade de segurança e proteção de uma autoridade - visível e comprovadamente - alvo de assassinos. É simplesmente espantoso ouvir algo assim do chefe maior do Estado.
Fosse o Brasil minimamente decente, ou psiquicamente são, Lula cairia em menos de uma semana. Mas Banânia é aquele gigantesco pedaço de terra, esquecido por Deus e bonito por natureza, onde presidentes podem tudo, desde conspirar e atentar contra o Estado Democrático de Direito, ou roubar descaradamente, ganhando férias no exterior e novos mandatos eletivos como prêmios. Por isso, quando me perguntam “de que lado estou?”, respondo, cada vez mais convicto: do lado de quem ainda possui um pingo de juízo, caráter e indignação.