Tenho religião, mas não sou religioso. Sou judeu por parte de pais, avós e bisavós (até onde sei), mas não professo como deveria os costumes de meus antepassados. Minha fé - ou crença - no que não vejo nem toco limita-se a sentimentos confusos sobre Deus, destino, meus pais que se foram, minha avó paterna (que também se foi) e eventos que não consigo explicar ou entender, dentro da minha racionalidade.
Sim, tenho pensamentos e superstições como todo mundo, ainda que os considere inúteis, disfuncionais e tremendamente obsessivos. Com o Galo, então, nem se fala. Por alguma razão, acho que beijar o escudo da camisa dá sorte; afastar o lixo sob meus pés, no estádio, também, e imaginar que tomaremos gol nos últimos minutos faz parte dessa idiotice (pior é que tomamos muitos gols assim).
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“O sol há de brilhar mais uma vez. A luz há de chegar aos corações. Do mal será queimada a semente. O amor será eterno novamente. É o juízo final. A história do bem e do mal. Quero ter olhos pra ver. A maldade desaparecer”. Tá aí a letra para quem não conhece. Não sei o que mais tocou o Renato, para fazê-lo associar a imagem à música, mas a mim foi: “Quero ter olhos pra ver. A maldade desaparecer”.
Esqueçam a maldade e reflitam sobre “quero ter olhos pra ver”. Eu vi. Uma escultura listrada gigantesca, quase vazia, quase silenciosa, mas já pulsando a força que ninguém tem. “Força? Você agora acredita nisso, Ricardo?”. Uma pessoa, também ao ver a imagem acima, escreveu: “isso é Deus abençoando”. Eu respondi: quando o arquiteto é bom, o Arquiteto (com M maiúsculo) assina embaixo. Respondi a pergunta?