Não há nada mais nocivo em uma sociedade que o fanatismo, seja político, religioso ou o escambau. Quanto mais cega uma pessoa, ou grupos, maior o risco de fazerem bobagem. A história mundial mostra isso inequivocamente, mas, ainda assim, milhões de idólatras mundo afora insistem em flertar com o perigo.
O lulopetismo inaugurou, no início dos anos 2000, o odiento “nós x eles”, que permeia atualmente o País. Sim, é verdade, o bolsonarismo tratou de exponenciar ao máximo a estupidez humana e de aprimorar - no mau sentido, é claro - a barbárie, cujo ápice ocorreu no infame dia 8 de janeiro próximo passado.
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Em um encontro entre o apresentador José Luiz Datena, da Band, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), filmado - supostamente sem autorização - por alguém e hoje publicado pelo site do Estadão, mostra uma cena típica, pra lá de corriqueira entre políticos (sim, Datena é um), conspirando e planejando ações.
Em seguida, Datena diz: “se você é meu aliado, eu amo você”. Eis aí. O amor desses caras é mesmo como uma nuvem. No linguajar moderno, é fluido. Quem não se lembra de Alckmin e Lula, ou Moro e Bolsonaro? Amizades e inimizades são sentimentos de ocasião, tudo questão de dinheiro e poder, entendem?
Enquanto boa parte da população se estapeia, se mata, invade o Congresso, vai presa, apanha da polícia e tudo mais, em nome de políticos que nem sequer sabem da sua mísera existência, os mitos, pais e mães do povo comem, bebem e gargalham da cara de quem lhes serve de bucha de canhão. São nuvens, afinal.