Jair Bolsonaro, o ex-verdugo do Planalto, irá depor como investigado a fim de que se apure a participação dele nos atos terroristas de 8 de janeiro. A Justiça quer saber se o amigão do Queiroz incentivou, ou não, a tentativa de golpe de Estado.
Pessoalmente, não tenho a menor dúvida da participação ativa do patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones de chocolate e dinheiro vivo. Aliás, os fatos comprovam minha crença.
Não se trata de se, mas como e quantas vezes o ex-presidente incentivou a ruptura institucional. Senão, vejamos: em 2019, poucos meses após assumir, já estava pendurado em caminhão de som, em frente a um quartel em Brasília, incentivando o fechamento do STF e do Congresso Nacional. Mas não só.
Sobrevoou de helicóptero a Praça dos Três Poderes e ameaçou novamente o Legislativo e o Judiciário. Um filho dele, inclusive, disse que bastava um cabo, um soldado e um Jeep para fechar o Supremo. Do Palácio do Planalto, Bolsonaro ainda tirou uma foto apontando para a Suprema Corte, como a dizer: “é lá”.
Durante seu desgoverno, o devoto da cloroquina atacou o sistema eleitoral brasileiro, chegando a reunir dezenas de embaixadores para acusar as urnas de fraude - prometeu apresentar provas e jamais o fez. Aliás, durante as eleições, espalhou notícias sabidamente falsas sobre a falta de veiculação de propaganda eleitoral, pedindo, inclusive, a suspensão das eleições.
Ao perder nas urnas, se recusou a admitir a própria derrota. Enquanto a violência ganhava as ruas, calou-se obsequioso. Depois, partiu para o exterior e não empossou o novo presidente eleito. Sem falar dos seus bate-paus na administração pública que concorreram para o quebra-quebra do dia 8 - e todos os demais, anteriormente, por todo o País.
Jair Bolsonaro é, sem a menor sombra de dúvida, o maior e mais ativo conspirador do movimento golpista que tentou derrubar o governo eleito. Enquanto centenas de idiotas úteis estão presos e prestes a responder processos penais, o mandante continua solto, tentando conseguir, na mão grande, reaver as joias contrabandeadas dos Emirados Árabes.