Em mais uma fase da Operação Lesa Pátria (a 11ª), a Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (11/5), mais 22 mandados de busca e apreensão Brasil afora (São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná), contra suspeitos de financiar a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro em Brasília (DF).
A mim me parece claro o objetivo - e método - da Justiça: primeiro, prendeu e já está processando os criminosos detidos em flagrante durante o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Neste segundo momento, começa a ir à caça dos financiadores (logística, etc.). Antevejo, portanto, a próxima etapa, e espero estar correto na previsão: a responsabilização civil e criminal dos mandantes.
Não resta a menor dúvida do envolvimento direto - ao menos motivacional e intelectual - de diversos figurões da República, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, alguns de seus filhos, auxiliares muito próximos, parlamentares de sua base política e empresários de diversos setores da economia nacional.
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Não podemos permitir que tudo isso, como de costume em Banânia, termine em Pizza. Não podemos relativizar o ocorrido nem deixar de exigir a mais rigorosa punição - cadeia!! - para todos os envolvidos, obviamente, levando-se em conta as chamadas agravantes e atenuantes, pois cada criminoso cumpriu um papel e há de lhe ser dada a exata dimensão.
Para os “inocentes úteis”, não penas leves, mas menos duras. Para os financiadores “inocentes”, como micro e pequenos empresários que doaram pequenas quantias e até mesmo levaram os próprios ônibus à Brasília, idem. Mas para os mentores, os donos do poder e do dinheiro, os verdadeiros conspiradores do golpe, no mínimo décadas de cadeia e bloqueio de valores que reparem materialmente o País, já que, moralmente, jamais. Será mais uma cicatriz exposta para sempre em nossa nação.