Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Bancada bolsonarista faz o L, e Zanin é aprovado no Senado

Os mitos e mitas, bolsominions e bolsominians, patriotários e patriotárias, enfim, a Bolsolândia em peso deve estar em fúria, hehe, porque seus ídolos (Damares, Flavio e companhia), ao que parece, fizeram o L e confirmaram a indicação de Cristiano Zanin, ex-advogado do ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro) para o STF - Supremo Tribunal Federal.





Agora, possivelmente até 2050, se um meteoro não destruir o planeta ou um pretenso ditador de meia-tigela - alô, Bolsonaro! - não emplacar um golpe no País, a Suprema Corte contará com um “petista” no lugar de outro “petista” (meu xará Lewandowski, aquele que rasgou, ao vivo e em cores, para todo o Brasil, ao lado do ilibadíssimo senador Renan Calheiros, a Constituição Federal ao manter a elegibilidade de Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, durante a sessão que a defenestrou do Planalto).

Apenas 18 bravos senadores ousaram não referendar a indicação do chefão petista, mas como os votos são secretos jamais saberemos quem são, salvo honrosa menção ao senador Cleitinho, de Minas Gerais, que declarou que votaria contra. Mas uma coisa é certa: a bancada do PL, partido do patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, composta por 14 senadores, senão total, ao menos parcialmente - e em grande parte -, fez o L sem medo de ser feliz.

Um mais do que querido amigo publicou em seu Twitter, antes da votação: “O que será avaliado no Senado não é a indicação de Zanin, mas o comportamento dos nossos senadores”. Daí, intrometidamente, já que não fui convidado, comentei: diante da ficha corrida de muita gente, o que será avaliada, isso sim, é a possibilidade de um habeas corpus no futuro”. Não à toa, Flavinho “Wonka” Bolsonaro elogiar efusivamente o novo ministro, e ao lado de sua advogada, apoiadora declarada de Zanin, cumprimentar o novo supremo amigo togado de Lula da Silva, sedizente “alma mais honesta deff paíff”.