Eu tenho um grande amigo que, sempre que estou atormentado com algo - o que é bastante frequente, aliás -, me diz: “calma, no final, tudo dá certo, e se não deu ainda, é porque não chegou no final”.
Tornei-me conselheiro do Atlético, em 2022, a convite do atual presidente do Clube, Sérgio Coelho, que me conhece desde os meus 17 ou 18 anos - desculpe-me por entregar nossa idade, Sergião! Diante de tão honroso convite, na verdade um sonho, impus uma única condição: “quero participar, quero ajudar o Galo”.
Desde então, tenho acompanhado de perto a rotina do CAM, e o dia a dia de verdadeiros abnegados, guerreiros que doam - literalmente falando - parte significativa da própria vida (tempo que poderiam estar com a família e amigos), do próprio trabalho e, sim, do próprio dinheiro. E aqueles que são remunerados (executivos do Clube), trabalham com uma garra e afinco fora do comum, muitas vezes, como sabemos,com salários atrasados.
Sei que não há atleticano mais atleticano que outro, mas peço desculpa a todos para abrir uma exceção: eu! O Galo é uma coisa muito séria na minha vida. E, confesso, gostaria que não fosse tanto assim. Mas isso é algo para eu tratar com Deus em uma próxima negociação. Nessa vida, já era. Minha mãe acreditava que, com a idade, eu “melhoraria”. Tadinha, morreu sem ter essa alegria.
PODER PÚBLICO
Essa semana eu vivi fortes emoções com o Atlético. Assisti a três vereadores de Belo Horizonte (Gabriel Azevedo, Bruno Miranda e Cesar Gordin), atleticanos fanáticos, sim, mas cientes de seus papéis de representantes de toda a população, buscando alternativas legais, justas e responsáveis para a abertura gradual - e segura! - da Arena MRV, equipamento, muito mais do que um belo estádio de futebol, de fundamental importância social e econômica para a cidade.
Assisti, igualmente, a um prefeito, o Sr. Fuad Noman, e secretários como Daniel Messias, Leonardo Castro, Josué Valadão e João Antônio Fleury, verdadeiramente empenhados - sempre dentro das normas e legislação vigentes - em corresponder aos pleitos legítimos do Atlético, sabedores da ansiedade de milhões de torcedores apaixonados e da necessidade extrema do Clube, em busca da inauguração (segura) de sua sonhada casa.
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VOLTANDO AO GALO
Na sexta-feira (30/06) à noite, cansado pra chuchu, me dirigi para a reunião do Conselho Deliberativo do Atlético. Além de cansado, angustiado, pois sabedor da situação pré-falimentar do Clube. Na pauta, a SAF. A convocação dizia que o Sr. Rubens Menin iria esclarecer o Conselho sobre o assunto. Na boa, “fodeu”, foi o que pensei. Era para março, depois para maio, fechamos junho e… nada.
Sou um cara pessimista por natureza. Eduardo Costa, um querido amigo que fiz, fala que só enxergo o copo meio vazio. Sentei-me na cadeira do auditório e comecei a fantasiar o vô falando: “infelizmente, não conseguimos encontrar investidores”. Já havia começado a me enxergar na série B, mas não por três anos, hehe. Daí, como num passe de mágica, comecei a ouvir falar em bilhões de reais, em Atlético sem dívidas, em grandes investidores (e atleticanos, caraio!!), em Marcelo Patrus (caraio ao quadrado!!).
Fui da série B para o nirvana em dois minutos. Sim, ufa, taqueopariu, o Atlético está salvo. Repito: salvo! E para sempre. Ainda que “para sempre” pareça exagero, mas eu explico: o Clube Atlético Mineiro (Associação) estará livre de toda e qualquer dívida. E mais: manterá significativo patrimônio imobiliário (sede de Lourdes, Vila Olímpica e Labareda). Mas não acabou, porra! Terá 25% de participação na SAF. Ou seja, só quebra se, um dia, um irresponsável - e já tivemos ao menos um, que a prefeitura de Belo Horizonte conheceu muito bem - dilapidar os cofres do CAM outra vez.
SAF E INVESTIDORES
A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo terá dois sócios. O Clube Atlético Mineiro, com 25% de participação como já disse acima, e uma “holding” formada por investidores majoritariamente atleticanos e… de BH! Sim, pessoais reais, de carne e osso, dessas que a gente vê na padaria, ou melhor, no Mineirão - desde sempre - e futuramente na Arena MRV, e não “investidores estrangeiros”, que, de vez em quando, na maré alta, dão as caras em Belzonte.
Estamos falando de atleticanos de quatro costados, cujos avós e bisavós eram atleticanos, como atleticanos são e serão os herdeiros que cuidarão dos 75% de participação que terão direito na SAF, após entupirem os cofres atleticanos com centenas de milhões de reais e assumirem um dívida de quase 2 bilhões de reais. A troco do quê? Pois não. Levarão a Arena MRV, a Cidade do Galo e tudo mais relativo ao departamento de futebol, inclusive o Patrick e o Edenilson (olha a corneta aí, geeeente!!).
Na boa, não poderia ser melhor. E se poderia, por favor, apresentem o formato e os bilhões de reais o quanto antes, pois os documentos não foram assinados e ainda dá tempo de mandar um pé na bunda desses tais 4 Rs (que nunca fizeram nada pelo Atlético), Sergio Coelho (que nunca ganhou nada no Atlético), Dr. José Murilo Procópio (que não entende patavinas de Direito), Bruno Muzzi e Pedro Tavares (dois inúteis coça-sacos) e trazer de volta aquela turma investigada em CPI.
ARENA E FIM
Encerro com um sincero agradecimento à atual Prefeitura de Belo Horizonte e à Câmara de Vereadores, que, em conjunto com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a BHTrans, sob o precioso olhar do Ministério Público de Minas Gerais, trabalham, lado a lado com o Galo, para viabilizar, o quanto antes, o início dos jogos de futebol e demais eventos na Arena MRV, com o máximo de conforto e total segurança para todos.
Ou ainda, nas palavras inspiradoras do Procurador-Geral do MPMG, Dr. Jarbas Soares Júnior: “as melhores soluções, sem ter benefícios, nem obrigações maiores que a lei”.
Tá aí. Eu não disse que o bem sempre vence no final?