Desde que a conturbada saída de Vagner Mancini agitou os bastidores do Coelho e trouxe à torcida preocupação e sentimento de traição pelo abandono do projeto, a sensação era única e extremamente compreensível: além da permanência na Série A do Brasileiro, secaríamos o Grêmio e, quem sabe, ajudaríamos a afundá-lo. Chegou o dia, a torcida compareceu e a raça dos jogadores também.
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Coelho provou que é time de Série A e que segue competitivoUm América turbinado vai para o jogo do ano contra o AtléticoCoelho mantém muito vivo o sonho de uma vaguinha na Copa LibertadoresO histórico da própria síndrome de vira-lata do torcedor americano - sofredor de carteirinha e tão prejudicado por arbitragem e confederações - confere a ele toda licença poética que há no mundo para se expressar, sem violência física ou insultos pessoais, contra este profissional que escancarou, justamente em cima da gente, como o futebol brasileiro é corrompido e sujo.
Vocês lembram quando técnicos se uniram para questionar o fato de não pararem em clube algum, afirmando que o sistema precisava mudar? Pois então. Mancini navegou na contramão da categoria e revelou como funciona a dança da "professoragem".
A questão é que o tiro saiu pela culatra, e seu projeto segue a passos largos rumo à Série B. Talvez ele passe o final de ano com uma boa grana, mas a imagem profissional segue mais arranhada do que nunca. E essa, meus amigos, é difícil de resgatar. Aliás, poucos no mercado a têm intacta.
Espero que os clubes aprendam com este perfil e não caiam mais nessa. Nada contra o Grêmio, que tentou o que podia. O que temos que questionar é o quanto pode ser prejudicial este oba-oba contratual, que permite que qualquer time busque outro técnico no meio do projeto do outro clube, seja lá como estiver a campanha.
Imagino que isso tenha sim mexido com o brio dos jogadores, principalmente daqueles pouco aproveitados anteriormente.
A boa notícia é que, no final das contas, a gente é só gratidão. A saída de Mancini, que nunca mais vai voltar (Deus queira), trouxe um novo gás, e os atletas compraram a briga, pelo lado certo.
A energia foi condensada onde precisava ser, e o América pôs o tricolor gaúcho na roda. Uma vitória maiúscula no sábado, um baile de bola e a permanência vieram com um agradável cheirinho de possibilidade de competição internacional que se encorpa a cada rodada.
O momento é maravilhoso, e Marquinhos Santos tem muita estrela. Quarta-feira às 19h, contra o Atlético-GO, novamente no nosso estádio, é preciso que o torcedor compareça em peso para apoiar incondicionalmente.
Parece um sonho, mas, finalmente, podemos dizer com sorriso: o América briga pela Copa Libertadores, e a Sul-Americana já é realidade!
Mais do que nunca, é hora de tirar o pijama. Nada de ver pela TV. Até o final do Brasileiro, em todos os jogos em casa, todos os caminhos nos levam ao Independência.
Obrigado por nos ensinar tanto, meu Coelho. A melhor resposta de um gigante é mesmo a bola na rede. Em 2022, é a América do Sul que vai conhecer nossa força e a camisa mais bonita do Brasil. Acredita, América!
A onda verde está só começando, e BH está cada vez menos azul.