Foi justamente contra o gigante São Paulo, dono de tantas glórias mundiais, que o América conseguiu em 2021 o que foi talvez o maior feito de sua história: conquistar o 8º lugar no Brasileirão, o que nos levou à Libertadores pela primeira vez.
Naquele jogo no Independência, no ano passado, quando ganhamos por 2 a 0 com autoridade,ficou provado que não éramos mais um time pequeno, nem médio. Confirmamos ali nossa grandeza, buscada com tanto sofrimento ao longo das décadas.
Eis que chega novamente o dia de testarmos nosso tamanho, contra o tricolor paulista, na nossa casa, mas desta vez em um jogo de vida ou morte. E não é pouca coisa – é uma partida que pode nos colocar na semifinal da competição mais charmosa e rentável do país.
Ao torcedor, não resta mais nada a não ser comparecer ao estádio. Não é hora de questionar escalação, é hora de estar ali passando toda a energia positiva possível. Contra um time como o São Paulo, acostumado com jogos de peso, fazer pressão no nosso campo é o mínimo a ser feito.
Teremos 90 minutos para tentar uma vitória simples, por qualquer placar, e quem sabe classificarmos nos pênaltis. Afinal, temos um gigante no gol chamado Cavichioli que não vai nos decepcionar. A história é feita pelas glórias que parecem impossíveis.
De qualquer forma, a ansiedade não pode atrapalhar o Coelho nesta noite. É preciso jogar com alegria e confiança e fazer o mando de campo valer. Nosso zagueirão Iago Maidana, que infelizmente errou um pênalti no último jogo, terá a rota corrigida pelos deuses do futebol.
É em jogos como este que a sorte costuma abençoar quem merece, e nosso xerife merece.
Teremos mais uma noite de festa no Horto, com inferno verde e muita luta. Não faz sentido entrarmos afoitos querendo ganhar de dois ou três. É preciso ganhar, apenas, e depois o destino vai decidir – e a sorte vai estar conosco.
O América é o único time de Minas Gerais que ainda disputa um torneio mata-mata de peso.
Num momento como este, até mesmo a rivalidade regional sai de cena e dá lugar para um sentimento único, que expressa apenas um mantra: Minas hoje é verde, preto e branca.
Vamos fazer história, Coelhão!