Rodrigo Scapolatempore
Se existe uma coisa que a gente não pode negar no futebol, pelo menos sob o ponto de vista do torcedor, é que há várias demandas que extrapolam os objetivos do time e da instituição. Uma das mais clubistas – e legítimas – de todas é a disputa à parte com o rival local.
Se existe uma coisa que a gente não pode negar no futebol, pelo menos sob o ponto de vista do torcedor, é que há várias demandas que extrapolam os objetivos do time e da instituição. Uma das mais clubistas – e legítimas – de todas é a disputa à parte com o rival local.
Quis este ano que, depois de muito tempo e muitas derrotas, conseguíssemos ganhar do todo poderoso Atlético no campeonato e, além disso, não perder – o que significou muito.
Agora, depois que o mundo deu muitas voltas, parece que o América está finalmente pronto para comemorar este título por fora e mostrar que, ao menos na pontuação, será a primeira força de Minas Gerais. A brilhante vitória contra o Flu no Maraca nos permite sonhar alto.
Já no sábado, começa a arrancada para a meta e a chance de ficarmos na frente deles na tabela (algo bem raro) está batendo na porta. Os jogos são às 20h30 e a conta é bem simples.
Precisamos ganhar do Fortaleza, no Independência, e eles não podem ganhar do Flamengo no Rio, o que é bem plausível, considerando que o time carioca luta por G-4 e a forte rivalidade interestadual entre eles, o que motiva a torcida rubro-negra a lotar o Maracanã.
Este tipo de disputa particular, muitas vezes não incentivada formalmente pela comissão técnica e diretoria, ainda se configura como um combustível imenso para os jogadores e torcedores. E que continue assim! Futebol sem folclore e zoeira não é nada.
E, afinal, existe um simbolismo forte em chegarmos à frente deles na bandeirada final da corrida (última rodada), principalmente quando nos lembramos dos anos e anos de inferioridade – é preciso admitir.
Mas o Coelho de hoje, ou o Novo América, como tenho tratado aqui, não para de superar seus próprios limites e cravar na sua história marcas que antes eram inimagináveis.
Fomos para a Libertadores, à semifinal da Copa do Brasil e estamos figurando entre os 10 maiores do país nos últimos anos. Não sabemos mais o que é ser rebaixado (Graças a Deus!).
Então, por que não aproveitar este campeonato e comemorar o título virtual em cima do nosso maior rival? O Deca está a mil! E a Onda Verde está só começando.
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