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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

América mudou de patamar, mas precisa mirar títulos em 2023

Coelho chegou longe em competições importantes nos últimos anos, mas falta carimbar uma faixa de campeão


12/01/2023 04:00

Torcida americana tem comemorado vitórias importantes nos últimos anos, como a obtida sobre o Inter, no Independência, por 1 a 0, pelo Brasileirão de 2022. Expectativa agora é vencer e buscar as taças
Torcida americana tem comemorado vitórias importantes nos últimos anos, como a obtida sobre o Inter, no Independência, por 1 a 0, pelo Brasileirão de 2022. Expectativa agora é vencer e buscar as taças (foto: Mourão Panda/América)


Os últimos anos foram de uma evolução nunca antes vista na história do América. Em uma análise fria, baseada em fatos, simplesmente podemos dizer que alcançamos posições e feitos que nos colocaram em um patamar Top 10 entre os grandes brasileiros.Desde que subimos novamente para a série A, em 2020, este é o terceiro ano consecutivo que vamos jogá-la. E o melhor é que, nas edições de 2021 e 2022, não passamos nenhum susto, fazendo campeonatos sólidos que nos levaram, inclusive, à Libertadores e à Sul-Americana, respectivamente.

Vale lembrar que, neste meio do caminho, conseguimos a proeza de fazer a semifinal da Copa do Brasil e sermos eliminados em detalhes pelo time que viria a ser o campeão, o temido Palmeiras. Constata-se também que, na própria Liberta, nossa atuação também foi marcante, com alguns confrontos eliminatórios épicos que nos colocaram na fase de grupos.

No entanto, ainda há um gostinho amargo no paladar do torcedor americano. Quando falamos de futebol, precisamos inserir este ingrediente, que é o famoso sabor que só o campeão pode provar. E este não tem preço. A verdade é que faltam títulos a este Novo América. O último foi lá em 2017, naquela Série B disputada ponto a ponto com o Internacional. Antes disso, vencemos o Mineiro em cima do Atlético (2016), em um belo e saudoso jogo no Mineirão.

Em 2023, algumas possibilidades se tornaram reais e acredito que a diretoria e jogadores precisam se unir em volta de um projeto que também envolva conquistas, e não apenas boas colocações e pontuações.

Entendo a complexidade de se chegar longe na Copa do Brasil e no Brasileirão, mas vejo com bons olhos a viabilidade para tentarmos a faixa no Campeonato Mineiro e, porque não, na Sul-Americana, torneio que já consagrou times com menos tradição que o América.

Em relação ao Campeonato Estadual, cujas atuações recentes foram péssimas, é preciso levar a sério desde o início para que seja natural a disputa de uma final, no mínimo. Não faz sentido, de novo, deixarmos a decisão na mão da duplinha. Temos estrutura e futebol para ganhar.
 
Muitas vezes, por mais que desdenhemos do torneio regional, tenho a certeza de que significa muito para o torcedor gritar “É campeão!”. E essa deve ser uma obsessão do ano que chega.

Que tal jogarmos este Campeonato Mineiro com muita concentração e afinco para começar o ano beliscando um título? Nada melhor! Avante, nação!

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