O Coelho mostrou nos últimos anos que não é mais uma surpresa. Ninguém mais se assustaria de ver o América, por exemplo, brigando por G4. De qualquer forma, é preciso manter os pés no chão.
A sequência do Brasileirão, misturada com os jogos da Copa do Brasil e Sul-Americana, é difícil e desgastante. Porém, hoje, temos uma comissão técnica e física que consegue deixar o América competitivo, embora ainda precisemos de reforços que possam manter o nível de qualidade na ausência de titulares.
Na finalíssima do Mineiro contra o Atlético, por exemplo, foi notória a queda técnica com as ausências de Benítez e Boi Bandido. Juninho, uma lenda viva, não consegue fazer tudo sozinho, e nem deveria.
Jogadores cascudos e ainda competitivos como o Wellington Paulista são interessantes de se ter para encorpar plantel e, principalmente, para serem alternativas de experiência e catimba quando necessário. No entanto, não bastam por si só.
É preciso dar confiança aos jogadores da base que conseguiram ser vice-campeões da Copinha. Adyson e Renato Marques precisam ser aproveitados. É só ganhando ritmo em jogo de gente grande que o talento vai ser lapidado.
Atualmente, o América está tranquilo na retaguarda, com o paredão Cavichioli e zagueiros experientes, como Ricardo Silva e Maidana. A propósito, nada de jogarmos com três zagueiros!
O ponto de tensão é a dependência na criação, que sobrecarrega Benítez. Sem ele, o que sobra é um meio de campo com volantes aguerridos, mas sem aquele brilho do armador nato.
Necessário que Matheusinho desencante de vez e tome para si a responsabilidade de mudar jogos, como prometia seu talento quando surgiu. Passou da hora. Mastriani precisa aparecer como referência como centroavante e temos que dar o crédito pelas últimas atuações.
Sabemos que não deve chegar tanta gente nova. Então, é fazer o melhor com o que temos, tomar cuidado para não perder tantos pontos em clássicos, principalmente contra o Atlético, e fazer as melhores ações de marketing para que a torcida compareça a cada jogo, a começar da estreia contra o Fluminense. No Brasileirão, a pressão do mandante é decisiva.
No mais, temos estrutura e já somos realidade. Resta acreditar que podemos fazer mais um campeonato seguro, do meio de tabela para a frente e, quem sabe, beliscar uma Libertadores.