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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

América entra no Brasileirão com a responsabilidade de ser um grande

"Com estrutura e respeito dos adversários, Coelho joga sua terceira Série A seguida e não pode mais ser considerado zebra ou azarão"


15/04/2023 04:00

Jogo do América pela Copa do Brasil
Coelho estreia no Brasileirão, contra o Fluminense, embalado com a vitória fora de casa sobre o Nova Iguaçu, pela Copa do Brasil (foto: Mourão Panda/América)


O Coelho mostrou nos últimos anos que não é mais uma surpresa. Ninguém mais se assustaria de ver o América, por exemplo, brigando por G4. De qualquer forma, é preciso manter os pés no chão.

A sequência do Brasileirão, misturada com os jogos da Copa do Brasil e Sul-Americana, é difícil e desgastante. Porém, hoje, temos uma comissão técnica e física que consegue deixar o América competitivo, embora ainda precisemos de reforços que possam manter o nível de qualidade na ausência de titulares.

Na finalíssima do Mineiro contra o Atlético, por exemplo, foi notória a queda técnica com as ausências de Benítez e Boi Bandido. Juninho, uma lenda viva, não consegue fazer tudo sozinho, e nem deveria.

Jogadores cascudos e ainda competitivos como o Wellington Paulista são interessantes de se ter para encorpar plantel e, principalmente, para serem alternativas de experiência e catimba quando necessário. No entanto, não bastam por si só.

É preciso dar confiança aos jogadores da base que conseguiram ser vice-campeões da Copinha. Adyson e Renato Marques precisam ser aproveitados. É só ganhando ritmo em jogo de gente grande que o talento vai ser lapidado.

Atualmente, o América está tranquilo na retaguarda, com o paredão Cavichioli e zagueiros experientes, como Ricardo Silva e Maidana. A propósito, nada de jogarmos com três zagueiros!

O ponto de tensão é a dependência na criação, que sobrecarrega Benítez. Sem ele, o que sobra é um meio de campo com volantes aguerridos, mas sem aquele brilho do armador nato.

Necessário que Matheusinho desencante de vez e tome para si a responsabilidade de mudar jogos, como prometia seu talento quando surgiu. Passou da hora. Mastriani precisa aparecer como referência como centroavante e temos que dar o crédito pelas últimas atuações.

Sabemos que não deve chegar tanta gente nova. Então, é fazer o melhor com o que temos, tomar cuidado para não perder tantos pontos em clássicos, principalmente contra o Atlético, e fazer as melhores ações de marketing para que a torcida compareça a cada jogo, a começar da estreia contra o Fluminense. No Brasileirão, a pressão do mandante é decisiva.

No mais, temos estrutura e já somos realidade. Resta acreditar que podemos fazer mais um campeonato seguro, do meio de tabela para a frente e, quem sabe, beliscar uma Libertadores.


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