A Série B é logo ali e precisamos ser honestos. Muitas vezes, fui o primeiro a não entregar a peteca e incentivar uma retomada e virada de chave no Brasileirão. E até que deu certo em algumas ocasiões.
Certa vez, figuramos na lanterna no primeiro turno e conseguimos recuperar a ponto de fazermos um segundo turno de terceira colocação. Não me parece, infelizmente, que é o caso desta vez.
Costumo fazer análises menos técnico-táticas, baseando-me em critérios que podem até ser empíricos, mas que funcionam. Um deles está escancarado no jogo de domingo: perdermos para o mediano Goiás no Independência, em uma tarde melancólica.
Algumas rodadas para trás, conseguimos ser derrotados também pelo pouco tradicional Cuiabá, na nossa casa, de virada, em uma manhã de lambanças. Time que faz isso cai, ou quer cair.
Fico pensando que, mesmo que existam altos e baixos em qualquer jornada, o tamanho destes “baixos”, em vexames para times menores do que o América, revela que o caminho para a Série B está ficando cristalino, infelizmente.
A oscilação e a bipolaridade do Coelho são marcantes não só dentro da série A, quando encaramos o Flamengo no Rio e quase ganhamos, mas também se revelam na temporada.
Quase chegamos novamente à semifinal da Copa do Brasil, saindo por detalhes nos pênaltis para o Corinthians, e seguimos firmes na Copa Sul-Americana, avançando na raça em verdadeira epopeia.
Aliás, o momento no Brasileirão está tão estranho que até esquecemos o quanto as coisas estão dando certo neste torneio internacional. Não seria a hora de degustarmos o momento?
Na minha visão, por mais doído que seja admitir isso, é preciso focar sim em possibilidades de passar de fase até fazer uma final, mesmo que isso signifique a queda de divisão. A torcida quer sim um título.
Sobre o segundo turno do Brasileiro, precisamos fazer o que dá, sem medo. E, sinceramente, se não for possível reverter, vamos ao menos cair de pé. Neste campeonato, muitos times grandes que subiram não vão cair, o que torna este torneio um dos mais difíceis de todos os tempos.
De qualquer forma, se cairmos, tenho certeza de que subiremos como um grande ano que vem, até mesmo podendo vencer a Série B sem sustos. Lembrando que a arbitragem nos tirou o título e deu para a Chapecoense em 2020.
Voltando à Sula: a torcida precisa entender que o futebol nacional é muito competitivo e dar um crédito para a diretoria e jogadores. Imagina como seria se jogarmos essa tão sonhada final Avante, nação!