Em mais uma daquelas noites tristes no Independência, eis que perdemos de forma categórica mais um jogo em casa, desta vez para o Bragantino.
Um fio de esperança surgiu quando tivemos um pênalti marcado a nosso favor no final. Porém, quando tudo está dando errado, parece que nada dá certo. Clichê, mas verdade.
O matador e bom atacante Mastriani desperdiçou a cobrança e ficamos a ver navios. Essa derrota de ontem praticamente tira a possibilidade de uma reviravolta no segundo turno.
Aliás, o empate contra o Cuiabá, após estarmos vencendo por dois gols de diferença, também mostrou que a coisa está feia e os ventos pararam de soprar a nosso favor.
Sinceramente, torcedor, não vejo mais tantas possibilidades de nos recuperarmos na competição. O campeonato afunila e, desde o início, estamos jogando com a corda no pescoço e a pressão do Z4.
Um pontinho apenas nos últimos dois jogos, que teoricamente não eram tão difíceis, e a situação é cada vez mais complicada.
A Série B, atualmente, para o Coelho, ficou pequena. Mas a Série A deste ano, infelizmente, ficou grande demais.
Algumas estratégias, desde o começo, não foram acertadas. Não conseguimos, até hoje, ter um time com padrão de jogo. Tem gente entrando e estreando no final do campeonato e que não disse a que veio.
Há jogadores mais competitivos no banco de reserva (vai entender), e outros que do nada desaparecem do plantel e mal são escalados.
Já podemos dizer que 2023 foi uma bagunça e, se por um milagre conseguirmos evitar a queda, ótimo. Se não, é reconhecer nossas falhas e tentar um 2024 mais sólido: jogar uma Série B robusta, ser competitivo no Mineiro, ao menos.
O torcedor americano é muito apaixonado e não vive só de títulos ou fases boas. Continuaremos apoiando, caso caiamos, naqueles joguinhos menos intimidadores das terças e sextas.
Bolinho de feijão, tropeiro e a alegria de sempre na Pitangui. O futebol não é só sobre estar no topo. O que precisamos mesmo é entender que o lugar que estamos hoje no Brasileirão é, nada menos, do que a soma das escolhas erradas durante o ano.
Saudades de quando o América tinha um time que mudava pouco, com padrão e sequência e uma formação tática que fazia sentido e era aplicada jogo a jogo.
Atualmente, viramos um bem bolado, um juntadão de pelada que nem mesmo parece um time profissional do tamanho do Coelho.
Salve nação. Os times passam, a marca fica. Orgulho de ser Coelho não morre nunca.