O ano de 2023 parece ter uma história previsível. Nas últimas colunas, comentei sobre como o América tem todos os ingredientes e o enredo clássico que assombra os times que geralmente são rebaixados.
Francamente, continuo achando que estamos caminhando para este final melancólico. A questão é que não se trata de uma postura negativa, mas baseada em fatos. De onde vamos tirar forças para acreditar em uma reação em um campeonato que vivemos quase todo na zona de rebaixamento?
De qualquer forma, fui olhar a tabela e me dei conta de que ainda temos mais 13 rodadas, se não me engano. Ou seja, cerca de 40 pontos para serem disputados e, em tese, temos mais do que chances matemáticas para sair dessa situação. Será?
O ponto é que isso só vai ocorrer se houver uma daquelas arrancadas fora da curva. Se ganharmos, por exemplo, três a quatro jogos na sequência e voltarmos a fazer frente aos times que estão ali tentando afastar da degola, como Santos e Vasco.
Eu realmente não sei se é questão de tempo ou rodadas, mas o que mais me aflige é que esta sequência positiva não está vindo. Estranhamente, depois de ganhar de Santos e São Paulo, tivemos sequências péssimas contra times menores, o que impediu a subida.
Aquele empate com Cuiabá, após estarmos ganhando por dois gols, não engoli ainda. E foram vários apagões como este na competição. Agora, mais um jogo extremamente difícil contra o Fortaleza, no Ceará, e outro mais ainda contra o Botafogo, na nossa casa.
É aquela velha história: com o Coelho acontecem coisas exóticas. Sabemos que a situação é muito complicada, mas vou fazer mea-culpa e admitir que é preciso um pouco mais de apoio e otimismo.
Vai que a gente consegue uma vitória inesperada contra o Fortaleza e vem com tudo para um jogo com cara de final contra o líder Botafogo? A paciência pode estar quase acabando, mas a esperança, que é verde, ainda é a última que morre. E ela segue viva. Salve, nação!