Conhecer as novas gerações de consumidores, identificar as suas necessidades e desejos é primordial para todas as organizações.
É de entusiasmar a capacidade de algumas empresas de traduzir e oferecer produtos e serviços que não somente atendem mas superem as necessidades e desejos dos seus clientes.
Muitas organizações já estão sensibilizadas e preparadas para uma nova realidade que é a de que devem ser oferecidos serviços superiores que extrapolem as expectativas dos clientes para se ter o devido espaço de mercado.
Qualidade superior no relacionamento com os clientes e competência para ouvir e se movimentar pelas necessidades dos consumidores, continuarão sendo os grandes fatores diferenciadores entre o sucesso e o fracasso das organizações.
Falar a linguagem do cliente, descobrir o que eles desejam, o que efetivamente esperam do produto ou serviço, como querem, onde querem e o quanto estão dispostos a pagar pela aquisição é o caminho mais veloz para o sucesso empresarial.
É preciso colocar tudo isso em prática em todas as operações da empresa, mesmo em suas áreas internas, cujas equipes não tenham contato direto com os clientes. É uma questão de mentalidade empresarial.
Por outro lado, muitas organizações ainda carecem, ou mesmo se mostram contra uma visão que seja focada nas necessidades de seu público-alvo. Uma parte representativa delas adota uma postura ensimesmada e estão voltadas para os seus próprios procedimentos e normas internas, que não devem ser em nenhum momento um impedimento para a implementação de uma mentalidade empresarial voltada para o mercado.
Atualmente há um processo de commodities, no qual as empresas já não conseguem se diferenciar das suas concorrentes pelos seus produtos.
Há na verdade um processo de democratização da tecnologia e das informações, provocado pela digitalização, o que as torna muito parecidas aos olhos dos clientes.
A única possibilidade de diferenciação e de vantagem competitiva é através do atendimento e do oferecimento de um padrão de serviço superior aos clientes, com a utilização das mais modernas técnicas de vendas e negociação.
É determinante conhecer as novas tendências, os comportamentos e os desejos das pessoas, e ainda, buscar uma adaptação das estratégias da empresa a essas novas realidades passando a oferecer algo que atenda e supere as expectativas das pessoas.
Há no mercado uma quantidade variada de perfis de consumidores, que vai desde as pessoas mais conservadoras, até os jovens das novas gerações, que têm expectativas e percepções de vida e consumo muito dessemelhantes, e que precisam ser identificadas e atendidas pelas empresas.
As pessoas estão cada vez mais preocupadas em reduzir o seu rítimo de vida, dando maior ênfase na sua qualidade, na busca de conveniência e de experiências positivas. Além disso, observa-se um processo crescente e, atualmente, até, de um tipo de “encasulamento”, levando as pessoas a ficarem mais tempo dentro de seus lares, gerando demandas diferenciadas de serviços.
Outra característica dos consumidores que deve ser observada é o fato de muitos deles buscarem o retardamento do envelhecimento e passarem a agir como se fossem mais jovens e buscarem uma fuga da rotina, dando vazão a alguns escapes emocionais e em muitos casos se permitindo a pequenas indulgências.
Essas inovações e mutações de mercado criam novas oportunidades de negócios para o marketing das organizações, assim como, podem colocar outras numa situação difícil, caso essas não tenham o devido poder de adaptação e inovação.
Tenho comentado nas consultorias realizadas que não se pode adiar o repensamento do negócio e, principalmente rever a forma de relacionamento e oferecimento dos serviços. Para colocar a empresa a frente da concorrência é preciso deixá-la harmonizada com os novos costumes, tendências e “modus vivendi” dos consumidores.
É fundamental ouvir cada vez mais os consumidores e adaptar os serviços a esses anseios e necessidades. A estratégia que recomendo é criar uma intimidade com os clientes, e investir em tudo o que venha a aumentar seu desejo pelos produtos oferecidos.
Gosto de lembrar a fala de Peter Drucker: “a única fonte de lucro é o cliente”.