O grande desafio de qualquer empresa é adotar uma postura totalmente voltada para os seus clientes, reconhecendo neles a sua razão de existência. Para muitas que já adotam o marketing é preciso ainda superar a imagem de que este se limita às ações originadas no antigo departamento de marketing. Essa função precisa estar além das ideias e iniciativas de uma área de atuação específica, deve fazer parte de uma mentalidade empresarial em que todas as pessoas têm responsabilidades e objetivos para com os clientes.
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Predomina ainda em uma grande parte das organizações a mentalidade voltada para dentro, onde os profissionais gastam a maior parte do seu tempo e energia preocupados com os aspectos internos tais como produção, assuntos administrativos, burocracias e outras questões que são importantes, mas que geralmente não agregam novos valores para a garantia da sobrevivência e crescimento da empresa.
Adotar uma postura de marketing exige um relacionamento íntimo com a mudança e essa normalmente gera inseguranças. É preciso implementá-la de forma a que todas as pessoas se sintam envolvidas, tenham responsabilidades e se sintam parte da empresa. Ela precisa ser vista de forma positiva ao ponto de ser desejada. Esse clima empresarial é o que chamamos em consultoria de marketing de “mudança com orgulho”.
Reconhecer que a transformação faz parte do nosso trajeto e que devemos não somente aceitá-la, mas principalmente vê-la como oportunidade de crescimento é questão fundamental. Obterá sempre maior êxito a organização que melhor interpretar e se relacionar com esses constantes desafios, utilizando-os principalmente como alavanca para o desenvolvimento de novas ações junto aos clientes.
O marketing pressupõe naturalmente ação e inovação e isto tem um relacionamento muito íntimo com a possibilidade de erros, tão temida por muitos executivos.
De cada dólar gasto com marketing numa organização, entre oitenta e noventa centavos são desperdiçados com pessoas, que não se interessam pelos produtos ou serviços da empresa, ou processos que poderiam ser eliminados. Por ser esse um fato tradicional em muitas empresas, o importante passa a ser é o que elas devem fazer com os dez ou vinte cents (centavos) restantes, em termos de eficácia e busca de resultados efetivos de vendas e satisfação dos clientes.
Nesse sentido considero fundamental, que se evitem alguns erros graves que envolvem normalmente o marketing: O primeiro deles é o chamado “marketing de imagens sem substância”, que é investir puramente na imagem da empresa, trabalhando apenas nas aparências e na venda de uma imagem que não se sustenta. Isto se dá porque, nesse caso, o esforço de marketing não está baseado em uma filosofia e estratégia clara, e normalmente não está sustentado por ações operacionais de merchandising, atendimento, pós-vendas, capacitação, motivação de vendedores, ou mesmo um adequado atendimento telefônico ou outras ações de impacto.
O segundo erro que precisa ser evitado é a empresa praticar um marketing que não gera benefícios. Mais do que falar das características dos produtos e serviços de uma empresa é preciso falar dos benefícios que eles podem levar aos seus clientes, pois isso é o que realmente leva uma pessoa a se interessar e a adquirir qualquer coisa.
O outro erro que precisa ser fortemente combatido é a empresa reivindicar para si títulos sem sentido ou sem o mínimo de comprovação, tais como: “nós somos o melhor do mundo”, “o mais sensacional”, “o único”. Essas alegações podem gerar um certo impacto inicial, mas, posteriormente, acaba levando a empresa ao descrédito total. É preciso trabalhar também para se evitar erros como direcionar esforços para o público errado, para um público muito amplo ou um segmento muito restrito.
Adotar o marketing como modo de vida empresarial, enxergar e adotar as mudanças como um motivador para o desenvolvimento e inovação, bem como evitar falhas clássicas de marketing, podem definir o presente e o futuro da sua empresa. Trabalhe nisso!