Jornal Estado de Minas

MARKETING E NEGÓCIOS

Definir o destino das empresas em um cenário de incertezas estratégicas

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Que aspectos podem levar uma empresa a existir por muitos mais anos do que os seus concorrentes? Como manter a organização por um longo tempo na parte alta do mercado, sustentada por uma imagem constantemente tecnologicamente e inovadora na mente dos clientes? Como os CEO’s podem manter o controle total sobre os destinos das empresas que gerem? 

A resposta a estas questões está no próprio mercado que exige do empresário e executivos, muita iniciativa, dinamismo, capacidade de enxergar o que ainda não está plenamente visível, poder e entusiasmo para tomar decisões e, muita capacidade de liderança para manter equipes motivadas.


Além disso, é preciso o máximo de investimentos possíveis para estar sempre inovando, gerando produtos tangíveis e intangíveis para atender as necessidades dos clientes, bem como  capacitar o pessoal da empresa, tornando-o capaz lidar com os aspectos técnicos do negócio e nomeadamente melhorar a sua capacidade de se relacionar com os clientes atuais e potenciais,  

É preciso adotar uma postura inovadora que sempre questione o status quo atual, e além disso, mantenha um saudável sentimento de que algo sempre deve melhorar. Criar uma visão do futuro e adotar uma percepção bem clara dos benefícios, competências e interface que os clientes querem agora e buscarão no futuro.

Vale lembrar que o conhecido modelo de gerir uma empresa, denominado “dinossauro” é o caminho mais veloz para encontrar as dificuldades, as perdas de clientes e consequentemente dos lucros. O empresário que se acomodar, ou se contentar com as sobras dos seus concorrentes bem-sucedidos, não terá mais lugar nesse mercado altamente seletivo e que na maioria dos casos não dá uma segunda chance a quem não toma as decisões corretas. 

O futuro da empresa depende muito de uma postura e mentalidade empresarial diferenciada. Nenhuma empresa pode escapar à necessidade de inovar e atualizar o seu pessoal, futurizar os seus produtos, redesenhar a sua forma de atuação no mercado e redirecionar os seus recursos sempre que necessário. Essa dinâmica é o melhor caminho a ser seguido para se estar presente e bem estruturado para os novos momentos.



Devido à forte concorrência em todos os segmentos e ao dinamismo do mercado, torna-se questão sine qua non que os gestores de qualquer organização assimilem alguns conhecimentos específicos. Esses conhecimentos são: o especulativo, o estratégico e o operacional. O especulativo é o conhecimento apenas no nível da informação, que é desestruturada e tem um caráter apenas noticioso, mas que precisa ser dominada, pois sua evolução sem o conhecimento do executivo, pode colocar em risco os investimentos feitos pela empresa. 

O conhecimento estratégico é formado por informações mais bem estruturadas e que exigem maior monitoramento sobre o mercado, principalmente sobre os passos que estão sendo dados pela concorrência, as tendências de comportamento dos clientes e os aspectos econômicos, sociais e tecnológicos. Para tanto, o empresário precisa ampliar seu campo de visão para o médio e longo prazo e manter uma vantagem competitiva sustentável.

Já o conhecimento operacional exige uma estreita relação com as tarefas rotineiras da empresa e os fatos que ocorrem no seu dia a dia. É muito importante buscar a eficiência operacional, pois isso significa fazer melhor, as mesmas atividades que os concorrentes fazem e criar uma vantagem competitiva em curto prazo. 



É questão sine qua non que a organização se posicione de forma inovativa  em relação aos seus concorrentes diretos e indiretos, pois, isso significa encontrar um ponto de diferenciação que seja inconfundível e significativo no ramo de atividade, o que aumenta muito as suas competências para prosseguir e se desenvolver no mercado.

O destino da empresa definitivamente na mão de seus gestores. Tudo depende de a capacidade de seus gestores buscarem as informações acertadas no mercado, trabalhar com elas, utilizando-as como base para a inovação, para a diferenciação e consequentemente para a fidelização e criação de clientes novos. 

Uma empresa para existir em longo prazo precisa utilizar o cérebro, mas não somente o do executivo maior, mas também o cérebro e a imaginação coletiva dos gerentes e funcionários de toda organização. 

Este tema me transporta ao pensamento de Abraham Lincoln: “Os dogmas de um passado calmo não funcionarão num futuro turbulento. Como nossa causa é nova, também precisamos de ideias e ações novas”.